Derivativos apontam alta de mais de 1% do dólar na volta do Carnaval

Publicado em 02/03/2022 11:49

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar caminha para abrir em alta contra o real nesta quarta-feira, depois da forte pressão sobre ativos de risco no mundo enquanto no Brasil os mercados estavam fechados pelo Carnaval.

As operações no Brasil serão retomadas às 13h (de Brasília) desta quarta.

A guerra entre Rússia e Ucrânia seguia no foco dos agentes financeiros, depois de causar um terremoto nos mercados nos últimos dias após sanções do Ocidente contra a Rússia e o rali das commodities levantarem dúvidas sobre o crescimento da economia global.

No mercado offshore, os contratos de NDF de real de prazo mais curto mostravam o dólar em alta de 1,46%. Na segunda-feira, a taxa havia subido cerca de 0,5%, para cair na mesma magnitude na terça. O NDF de um mês indicava alta também em torno de 1,4% frente a sexta-feira, último dia de negociação no Brasil antes do Carnaval.

Na CME, os contratos futuros de real apontavam estabilidade nesta quarta-feira em relação à véspera, mas em comparação a sexta indicavam queda da moeda brasileira de 1,35% (alta de 1,37% do dólar).

Na segunda-feira, o real chegou a cair 3,54% no pior momento da sessão na CME (ganho de 3,67% para o dólar).

O dia se mostrava de perdas para as moedas emergentes em geral, que caíam quase 0,9%, conforme índice do JPMorgan. Em três sessões o recuo é de 3,9%. O rublo, que responde por 8,33% dessa cesta, subia 0,14% nesta quarta, depois de renovar mínima recorde, e acumulava um tombo de 20% ante o dólar no período.

(Por José de Castro)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Rússia ataca portos ucranianos no Mar Negro e danifica navio civil, diz Kiev
Wall Street abre estável após queda liderada por tecnologia
Queda do seguro rural leva FPA a priorizar reforço de recursos e estabilidade do crédito em 2026
Taxas dos DIs operam estáveis em meio a baixa liquidez e dados de emprego
Ibovespa trabalha acima dos 161 mil pontos e segue a caminho de melhor desempenho anual desde 2016
Desemprego cai mais do que o esperado no Brasil em novembro e bate novo recorde, a 5,2%