Diretoria do FMI aprova novo programa de US$45 bi para a Argentina, dizem fontes

Publicado em 25/03/2022 16:53

Por Jorgelina do Rosario e Rodrigo Campos

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional aprovou nesta sexta-feira um novo programa de 45 bilhões de dólares para a Argentina, disseram três fontes à Reuters, o que permitirá ao país reestruturar sua dívida com a instituição.

O programa, acordado após um ano de negociações de forma consensual, segundo duas das fontes, será o 22º para a Argentina desde que o país se uniu ao Fundo, em 1956. Ele substitui um programa anterior de 57 bilhões de dólares de 2018 que havia sido o maior na história do organismo, e para o qual a Argentina ainda deve mais de 40 bilhões de dólares.

Um porta-voz do FMI não comentou o tema de imediato.

Reduzir o déficit fiscal, aumentar as taxas de juros e cortar os subsídios à energia são demandas centrais do acordo, que não exige reformas trabalhistas ou previdenciárias.

A aprovação ocorre depois que o Congresso da Argentina aprovou em 17 de março o aspecto de financiamento do acordo técnico, que não incluía as políticas que devem ser adotadas para manter a economia nos trilhos e a dívida sustentável.

As divisões políticas dentro da coalizão de centro-esquerda governista da Argentina se ampliaram com o acordo e há temores de que as restrições econômicas prejudiquem ainda mais a população, que lida com uma inflação acima de 50%.

"É muito improvável que isso desencadeie o choque positivo de confiança, o aumento do investimento privado e o acesso aos mercados de capitais internacionais de que o país tanto precisa", disse Alejo Czerwonko, CIO de mercados emergentes para as Américas do UBS Global Wealth Management.

O Fundo também corre o risco de danos à reputação se o programa não for bem-sucedido. O acordo da Argentina de 2018 foi o maior da história do FMI.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Putin disse a Trump que posição da Rússia mudará após ataque de drones ucranianos à residência presidencial
Wall Street cai com ações de tecnologia vacilando na última semana de 2025
Ibovespa recua com Vale e ajustes mas segue a caminho de alta de mais de 30% em 2025
Taxas dos DIs oscilam perto da estabilidade com liquidez reduzida
Dólar sobe no Brasil em dia de liquidez reduzida nos mercados
Minério de ferro sobe com promessa da China de políticas fiscais mais proativas em 2026