Orçamento dos EUA prevê redução da inflação mesmo com alta de preços por guerra

Publicado em 28/03/2022 16:21

WASHINGTON (Reuters) - A guerra da Rússia na Ucrânia vai elevar os preços de energia e alimentos, mas as taxas de inflação ainda devem perder força no próximo ano, afirmou nesta segunda-feira a principal assessora econômica do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Cecilia Rouse, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, disse que o plano orçamentário de 5,79 trilhões de dólares para o ano fiscal de 2023 divulgado nesta segunda-feira baseou-se em premissas fechadas em 10 de novembro, bem antes da invasão, mas que a economia está em geral mais forte do que se esperava então.

"Existe uma enorme incerteza, mas nós e outras especialistas externos esperamos que a inflação vai diminuir ao longo do próximo ano", disse Rouse a repórteres após a Casa Branca divulgar a proposta de Orçamento, que precisa agora ser avaliada e aprovada por um Congresso profundamente dividido.

Rouse disse que a Casa Branca vai revisar suas estimativas econômicas ainda neste ano, incorporando a guerra na Ucrânia e seu impacto na inflação.

Conforme foi fechado em novembro de 2021, a proposta orçamentária prevê uma expansão real do Produto Interno Bruto dos EUA de 2,8% no ano fiscal de 2023, ante 4,2% no de 2022 e 5,5% no de 2021.

Em novembro, segundo Rouse, a Casa Branca assumiu que as pressões inflacionárias diminuiriam conforme a economia começasse a se normalizar diante do alívio nas pressões das cadeiras de oferta, redução do suporte fiscal para a economia e início de aumento de juros pelo Federal Reserve.

A invasão da Rússia "criaria pressões adicionais sobre os preços ao longo do próximo ano", mas os fatores fundamentais que sustentam a economia devem continuar a melhorar.

(Reportagem de Andrea Shalal)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Putin disse a Trump que posição da Rússia mudará após ataque de drones ucranianos à residência presidencial
Wall Street cai com ações de tecnologia vacilando na última semana de 2025
Ibovespa recua com Vale e ajustes mas segue a caminho de alta de mais de 30% em 2025
Taxas dos DIs oscilam perto da estabilidade com liquidez reduzida
Dólar sobe no Brasil em dia de liquidez reduzida nos mercados
Minério de ferro sobe com promessa da China de políticas fiscais mais proativas em 2026