Brasil terá papel decisivo na agenda da OCDE sobre mudanças climáticas, afirma Paulo Guedes

Publicado em 30/03/2022 09:39
Ministro da Economia afirmou em entrevista coletiva em Paris nesta terça-feira (29/3) que o país está bem posicionado na lista de acesso à entidade

O Brasil terá papel decisivo na agenda da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre as mudanças climáticas, afirmou nesta terça-feira (29/3) o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva realizada na Embaixada do Brasil em Paris. Segundo Guedes, o país é parte da solução dos desafios ambientais globais. “O futuro é verde e é digital. Vamos construir juntos um futuro diferente para todos nós”, afirmou.

Nesta terça-feira, o ministro também se reuniu com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann. A viagem do ministro ocorre no momento em que o Brasil avança no processo de acessão à entidade. Em janeiro deste ano, os membros do conselho da OCDE aprovaram, por unanimidade, o convite para que o país inicie o processo formal de participação.   

Acompanhado do secretário-executivo Marcelo Guaranys, do secretário de Assuntos Econômicos Internacionais, Erivaldo Gomes, e do secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz – todos integrantes do Ministério da Economia –, Guedes fez um balanço dos dois dias de reuniões em Paris. “Tivemos excelentes reuniões aqui”, disse o ministro. “O Brasil está bem posicionado na lista de acesso à OCDE. Os protocolos estão em andamento”. Além do Brasil, são candidatos ao ingresso na entidade outros cinco países: Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia.

Economia verde

Na reunião com Mathias Cormann e diretores da OCDE, Guedes destacou o trabalho realizado pelo Ministério da Economia nas áreas tributária, financeira e de investimentos e reiterou que a acessão do Brasil à entidade contribuirá para o aprofundamento do processo de reformas e modernização da economia do país. “Foi muito gratificante encontrar o secretário-geral da OCDE, seus diretores e vários especialistas que estão colaborando com o Brasil nesse processo de acessão em andamento. Considero que foi uma visita bem-sucedida”, afirmou o ministro.

Antes da reunião com Cormann, Guedes e a equipe que o acompanha se encontraram com diretores das áreas de tributação e finanças da OCDE. Além da implementação do Global Tax Agreement, outro assunto que mereceu atenção especial dos diretores foram as ideias da criação do mercado global de carbono e do pagamento por serviços ambientais. A necessidade de interação com o setor privado foi salientada pelo ministro e a equipe.  “O Brasil tem sua matriz energética formada por 60% de energia hidrelétrica e 15% por energia eólica e solar. São 75% de energia limpa. Temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo”, enfatizou Paulo Guedes. “O Brasil tem muito a agregar na economia verde do futuro”, acrescentou.

Ainda na segunda-feira, Guedes se reuniu com o secretário-geral da Câmara Internacional do Comercio (CIC), John Denton, com quem conversou sobre a conjuntura econômica brasileira. No jantar, o ministro da Economia teve a oportunidade de dialogar com representantes dos países-membros. O destaque nas conversas foi a expectativa de integração das economias.  

Investidores

Na manhã desta terça-feira, Guedes e equipe se reuniram com empresários franceses. O tema central do encontro foram os fluxos diretos de investimentos no Brasil. Depois desse compromisso, o ministro retornou à sede da OCDE para uma reunião sobre relações externas de investimentos. “Foi uma viagem realmente muito satisfatória”, relatou o ministro na coletiva. “Todos os assuntos que precisavam ser encaminhados foram encaminhados”.

Questionado sobre a troca no comando da Petrobras, Guedes disse que a empresa tem governança própria e que as mudanças ocorrem dentro das regras da companhia. Sobre os investimentos no país, o ministro afirmou que o plano do Ministério da Economia é chegar ao fim de 2022 com R$ 1,1 trilhão em compromissos. “Contratos assinados”, frisou. Guedes reiterou que o país precisa começar a “transferir riqueza”, com dinheiro resultante da venda de ativos imobiliários e estatais. E concluiu: “O Brasil está no caminho certo”.  

Fonte: Ministério da Economia

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