Coreia do Norte dispara mísseis; porta-aviões dos EUA faz demonstração de força

Por Soo-hyang Choi e Hyonhee Shin

SEUL/BUSAN, Coreia do Sul (Reuters) - A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance a partir de sua costa leste nesta segunda-feira, disseram militares da Coreia do Sul, no momento em que um porta-aviões dos Estados Unidos realizava exercícios navais conjuntos com militares sul-coreanos.

Os mísseis voaram cerca de 370 quilômetros depois de serem lançados da província de Hwanghae Norte às 7h47 no horário local, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

O mais recente lançamento da Coreia do Norte ocorreu quando um grupo de ataque com porta-aviões dos EUA liderado pelo USS Nimitz se juntou a exercícios militares com a Coreia do Sul em águas internacionais ao largo da ilha de Jeju, no sul.

O porta-aviões está programado para chegar a uma base naval em Busan na terça-feira, em sua primeira atracação na Coreia do Sul em quase seis anos, em parte para marcar o 70º aniversário da aliança, afirmou o Ministério da Defesa de Seul. Em setembro, outro porta-aviões USS Ronald Reagan visitou o porto.

Os exercícios visam melhorar a execução da dissuasão estendida dos EUA – sua capacidade militar, especialmente forças nucleares, para impedir ataques a seus aliados – ao mobilizar ativos estratégicos norte-americanos em meio às crescentes ameaças da Coreia do Norte, disse um oficial da Marinha sul-coreana.

O contra-almirante Christopher Sweeney, comandante do grupo de ataque, não especificou como detecta e responde aos testes de mísseis norte-coreanos. Mas ele disse que estava "bem informado" sobre tais atividades, servindo como um centro de comando e controle ao reunir informações em todos os domínios, do espaço ao fundo do mar.

“É importante podermos nos integrar com nossos aliados da marinha e compartilhar informações e nossa interoperabilidade, porque não gostamos de sermos coagidos – acho que ninguém gosta de um intimidador”, disse Sweeney a jornalistas.

A Coreia do Norte tem intensificado testes militares nas últimas semanas, disparando vários mísseis de cruzeiro para praticar ataques nucleares táticos e testando o que chamou de drone de ataque subaquático com capacidade nuclear.