Comissão do Senado aprova prorrogação de desoneração da folha para 17 setores por 4 anos

Publicado em 20/06/2023 12:36 e atualizado em 20/06/2023 13:10

(Reuters) - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado concluiu nesta terça-feira a aprovação da proposta que prorroga por quatro anos a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e, como a proposta tramitou em caráter terminativo no colegiado, deve seguir diretamente ao plenário da Câmara dos Deputados.

A conclusão da votação aconteceu após a rejeição de emenda do senador Magno Malta (PL-ES) que buscava incluir o setor de mármore e granito entre os beneficiados. A matéria agora só não irá diretamente para a Câmara se algum senador propuser um recurso ao plenário do Senado.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscou evitar a votação da proposta, argumentando que pretende apresentar até o final deste ano, quando vence a atual desoneração da folha, uma proposta mais abrangente para retirar impostos sobre a folha de pagamentos.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que estava negociando com senadores para tentar adiar a discussão sobre a desoneração da folha de pagamentos para depois da reforma tributária -- que atualmente está em tramitação em um grupo de trabalho na Câmara.

Segundo Haddad, o governo está elaborando uma proposta sobre desoneração a ser encaminhada ao Congresso no segundo semestre.

Os 17 setores alcançados pela medida em vigor são: confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação; tecnologia de comunicação; projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.

(Por Eduardo Simões)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar
Brasil vive pior crise institucional desde a democratização e 2026 ainda não deve trazer mudança profunda
Dólar tem baixa firme ante o real com cancelamento de entrevista de Bolsonaro
Taxas dos DIs fecham com baixas leves em reação positiva após Bolsonaro cancelar entrevista
STF autoriza cirurgia de Bolsonaro no dia 25 de dezembro
Ações europeias fecham em nova máxima recorde com impulso de Novo Nordisk a setor de saúde