Confiança do consumidor dos EUA recua em janeiro; expectativas de inflação anual sobem

Publicado em 24/01/2025 13:09 e atualizado em 24/01/2025 15:10

 

WASHINGTON (Reuters) - A confiança dos consumidores dos Estados Unidos recuou em janeiro pela primeira vez em seis meses, em meio a preocupações com o mercado de trabalho e possíveis preços mais altos de produtos, caso o novo governo do presidente Donald Trump avance com tarifas planejadas sobre as importações.

A Universidade de Michigan disse nesta sexta-feira que seu índice de confiança do consumidor caiu para 71,1 neste mês, de uma leitura preliminar de 73,2 neste mês e 74,0 em dezembro.

Economistas consultados pela Reuters esperavam uma leitura inalterada. A pesquisa foi encerrada na segunda-feira, dia da posse de Trump para um segundo mandato como presidente.

A queda na confiança foi ampla e observada em todos os grupos de renda, riqueza e idade.

"Apesar de terem relatado rendas mais fortes este mês, as preocupações com o desemprego aumentaram", disse Joanne Hsu, diretora de pesquisas de consumidores da Universidade de Michigan, em um comunicado.

"Cerca de 47% dos consumidores esperam que o desemprego aumente no próximo ano, o maior índice desde a recessão pandêmica."

As expectativas dos consumidores para a inflação daqui um ano ficaram em 3,3%, inalteradas em relação à estimativa preliminar, mas acima dos 2,8% registrados em dezembro. As expectativas de inflação anual estão agora acima da faixa de 2,3% a 3,0% observada nos dois anos anteriores à pandemia da Covid-19.

As projeções de inflação de longo prazo estavam em 3,2%, revisadas para baixo em relação a uma leitura preliminar de 3,3% e acima dos 3,0% de dezembro.

(Por Lucia Mutikani)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar
Brasil vive pior crise institucional desde a democratização e 2026 ainda não deve trazer mudança profunda
Dólar tem baixa firme ante o real com cancelamento de entrevista de Bolsonaro
Taxas dos DIs fecham com baixas leves em reação positiva após Bolsonaro cancelar entrevista
STF autoriza cirurgia de Bolsonaro no dia 25 de dezembro
Ações europeias fecham em nova máxima recorde com impulso de Novo Nordisk a setor de saúde