Economia da zona do euro volta a patinar em fevereiro, mostra PMI

Publicado em 05/03/2025 07:30

 

LONDRES (Reuters) - A economia da zona do euro voltou a patinar em fevereiro, já que uma expansão fraca no setor de serviços foi ofuscada por uma desaceleração de longa data no setor industrial, segundo uma pesquisa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto final do HCOB para o bloco, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, manteve-se em 50,2, repetindo a leitura de janeiro.

Essa leitura ficou em linha com a preliminar e apenas um pouco acima da marca de 50 que separa contração de crescimento.

"A economia da zona do euro quase não cresce há dois meses consecutivos, já que a leve expansão no setor de serviços foi quase totalmente consumido pela recessão no setor industrial", disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

O PMI para o setor de serviços caiu de 51,3 para 50,6, mínima recorde de três meses. A desaceleração no setor industrial mostrou mais sinais de enfraquecimento no mês passado, segundo o PMI divulgado na segunda-feira.

Sugerindo que pode demorar um pouco até que o bloco monetário veja um aumento acentuado, a demanda geral caiu a uma taxa mais rápida. O subíndice composto de novos negócios caiu de 49,3 para 49,0.

As pressões inflacionárias dos serviços - observadas de perto pelo Banco Central Europeu - permaneceram altas. Os preços cobrados aumentaram no ritmo mais rápido em 10 meses, com o índice subindo de 53,9 para 54,7.

"Antes da próxima reunião do BCE, todos os olhos estão voltados para os aumentos nos custos de insumos impulsionados pelos salários, dada a ênfase do banco central na inflação de serviços", disse de la Rubia.

"Sem nenhum sinal de que a inflação dos custos de insumos esteja diminuindo, é compreensível que haja algumas vozes no BCE que gostariam de discutir uma pausa nos cortes das taxas de juros na próxima reunião."

O banco central deve cortar sua taxa de depósito na quinta-feira, segundo todos os 82 economistas consultados pela Reuters. As medianas na pesquisa indicaram mais dois cortes até meados de junho, mas além disso não está claro.

(Reportagem de Jonathan Cable)

Fonte: Reuters

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