Retaliação do Irã pode ocorrer em breve, dizem autoridades dos EUA

Publicado em 23/06/2025 11:06 e atualizado em 23/06/2025 12:06

 

Por Phil Stewart e Idrees Ali

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos avaliam que o Irã pode realizar ataques de retaliação contra as forças norte-americanas no Oriente Médio em breve, embora ainda estejam buscando uma resolução diplomática que levaria Teerã a renunciar a qualquer ataque, disseram duas autoridades dos EUA nesta segunda-feira.

Uma das autoridades, que falaram com a Reuters sob condição de anonimato, disse que o ataque retaliatório do Irã pode acontecer nos próximos dias.

O Irã tem ameaçado retaliar depois que os EUA bombardearam suas instalações nucleares no fim de semana.

Autoridades norte-americanas têm advertido o Irã para que não revide e o presidente Donald Trump disse, após os ataques, que qualquer retaliação do Irã contra os EUA seria enfrentada com uma força muito maior do que a usada nos ataques do país do fim de semana.

O chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, disse no domingo que as Forças Armadas dos EUA haviam aumentado a proteção de suas tropas na região, inclusive no Iraque e na Síria.

Os EUA têm uma força considerável no Oriente Médio, com quase 40.000 soldados na região. Alguns deles operam sistemas de defesa aérea, aviões de caça e navios de guerra que podem detectar e abater mísseis inimigos que se aproximam, mas suas posições são vulneráveis a ataques.

A Reuters informou na semana passada que o Pentágono havia retirado algumas aeronaves e navios de bases no Oriente Médio que podem estar vulneráveis a qualquer potencial ataque iraniano.

Isso inclui aeronaves que estão sendo removidas da Base Aérea de Al Udeid, no deserto nos arredores de Doha, no Catar. Essa é a maior base dos EUA no Oriente Médio e abriga cerca de 10.000 soldados.

Teerã prometeu se defender e retaliar.

No entanto, talvez em um esforço para evitar uma guerra total com os EUA, o Irã ainda não atacou bases norte-americanas ou sufocou 25% do transporte de petróleo do mundo que passam por suas águas ao fechar o Estreito de Ormuz.

(Por Phil Stewart e Idrees Ali)

Fonte: Reuters

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