Soja: Comercialização antecipada da safra 2011/12 atinge 43%

Publicado em 14/02/2012 06:21
"De forma diferente do que observamos no relatório passado, tivemos a reaceleração no ritmo dos negócios, tanto na safra velha, como especialmente na safra nova, considerando o comparativo com o relatório anterior", avalia o analista sênior da Consultoria Safras & Mercado, Flávio França Júnior.
Os produtores brasileiros de soja negociaram 43% da safra 2011/12 de forma antecipada, segundo levantamento divulgado por SAFRAS & Mercado, com base em dados recolhidos até 10 de fevereiro. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 43% e a média para o período é de 35%. No levantamento anterior, divulgado em 2 de dezembro, o número era de 33%. Levando-se em conta uma safra estimada em 70,273 milhões de toneladas, o volume de soja já comprometido chega a 29,88 milhões de toneladas.
 
Em relação à safra 2010/11, SAFRAS indica que os produtores negociaram 94%. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 96% e a média para o período é de 98%. No relatório anterior, o total negociado era de 90%.Com uma safra projetada em 74,380 milhões de toneladas, o volume de soja já comprometido chega a 70,180 milhões de toneladas.
 
"De forma diferente do que observamos no relatório passado, tivemos a reaceleração no ritmo dos negócios, tanto na safra velha, como especialmente na safra nova, considerando o comparativo com o relatório anterior", avalia o analista sênior da Consultoria SAFRAS & Mercado, Flávio França Júnior.
 
Em termos absolutos a motivação para o retorno ao mercado aconteceu pelo lado dos vendedores, influenciados pela recuperação parcial ocorrida nos preços do mercado de futuros da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT na sigla em inglês) desde o final do ano passado. Neste caso, depois passar boa parte do ano oscilando entre US$ 13.00 e US$ 14.00/bushel, tendo chegado a atingir US$ 14.50, os preços recuaram no final de 2011 para o intervalo de US$ 11.00 a US$ 11.50 combinando agravamento da crise financeira internacional e forte retração na demanda por produto dos EUA.
 
E neste mês de janeiro voltaram a ultrapassar a barreira dos US$ 12.00 em função da melhora do ambiente financeiro e das perdas na safra da América do Sul. Mas em termos relativos (%) a relação também subiu por conta da revisão para baixo na estimativa de produção, em função das perdas com a estiagem de dezembro e parte de janeiro que atingiu boa parte da região Centro-Sul.

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Fonte: Agência Safras & Mercado

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