Soja: IGC reduz estimativa para safra mundial 12/13 em 4%

Publicado em 28/02/2012 09:11 e atualizado em 28/02/2012 11:28
O IGC (Conselho Internacional de Grãos) reduziu novamente sua estimativa para a safra mundial de soja. O conselho prevê uma baixa de 4% na produção 2012/13 da oleaginosa, a qual deve totalizar 246,5 milhões de toneladas, em relação à sua última projeção. Caso essa previsão se confirme, o volume produzido será 7,6% menor do que o produzido no ciclo 2011/12. 

As baixas estimadas pelo IGC se devem as perdas provocadas pela severa estiagem, ocasionada pelo La Niña, que castigou as lavouras da América do Sul. A produção de importantes países produtores como Brasil, Argentina e Paraguai, ficou bastante comprometida diante da queda da produtividade e de perdas irreversíveis em determinados pontos. 

"As condições adversas durante o período de desenvolvimento afetaram negativamente o rendimento em muitas áreas, especialmente no norte da Argentina e no sul do Brasil e do Paraguai", explicou a instituição em seu último relatório. 

Em relação à temporada 2011/12, O conselho estima que a produção brasileira 2012/13 recue 8%, totalizando 69,4 milhões de toneladas. Se comparada à projeção anterior do IGC, a baixa é de 3,3%. 

Para a Argentina, a instituição projetou uma baixa de 10% para a produção 2012/13, que deve ser de 46 milhões de toneladas. A baixa seria de 6% em relação à safra 11/12. "A seca prolongada resultou em uma redução irreversível na produtividade de algumas áreas da Argentina". Já a estimativa para a produção do Paraguai foi reduzida em 40% para apenas 5 milhões de toneladas. 

Importações - Além da redução nas projeções de produção, o IGC reduziu ainda suas expectativas para as importações de soja da China em um milhão de toneladas. O estimado pela instituição é de que os chineses importem 56 milhões de toneladas, volume que ainda assim seria um recorde e 7% maior do que o registrado no ano passado. 

Depois da colheita da temporada passada, o ritmo das exportações de soja da América do Sul foi bastante forte e os embarques brasileiros e argentino foram três vezes maiores do que no ano anterior no período de outubro a dezembro. 

Para as exportações brasileiras, o IGC reduziu sua estimativa em 2,2% e para as argentinas,  a baixa foi de 17%. A redução se daria em função das safras menores. 

Em contrapartida, há um aumento na projeção para as exportações norte-americanas de soja, que nesse caso é de 3%. Esse aumento revela o aumento da procura pela oleaginosa dos EUA diante dessa quebra na América do Sul. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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