Commodities agrícolas renovam fôlego depois de novidades vindas do financeiro

Publicado em 11/06/2012 09:45
Nesta segunda-feira (11), a semana começou bastante positiva para a macroeconomia nesse primeiro dia de operações após o anúncio do acordo para o resgate dos bancos da Espanha feito no último sábado. O valor do pacote é de até 100 bilhões de euros. Com isso, as principais bolsas de valores europeias iniciaram a semana em alta, em Madri, o principal indicador do mercado acionário abriu com alta de mais de 5%. 

As melhores expectativas sobre o futuro da economia na Zona do Euro e também da mundial renovam o fôlego das commodities agrícolas, que vinham sendo pressionadas pelo mau humor do mercado financeiro. A relação entre os negócios no financeiro e no mercado de agrícolas vem sendo estreitada e as movimentações têm pesado bastante sobre as cotações. 

Na manhã de hoje, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operavam com altas de mais de 10 pontos nos principais vencimentos. O trigo também operava em alta, já o milho trabalhava em campo misto, com a maior parte dos contratos no negativo. Em Nova York, com exceção dos futuros do suco de laranja que trabalhavam no misto, as soft commodities - açúcar, algodão e café - também registravam altas. 

No caso da soja, os fundamentos são positivos e também contribuem para o bom desempenho do mercado nesta segunda-feira. No entanto, a falta de novidades, principalmente sobre a demanda, vinha tirando a sustentação do mercado, permitindo uma realização de lucros por parte dos investidores. Essa correção dos preços também foi estimulada pelo mau humor do mercado financeiro, que vinha provocando uma fuga dos investidores em função do aumento contínuo da aversão ao risco. 

Porém, apesar dessas novas altas registradas pelo mercado de grãos hoje e as boas perspectivas para o macrocenário, a divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderia limitar os ganhos. A proximidade desse reporte acaba fazendo com que os investidores busquem um melhor posicionamento no mercado antes dos dados, que sempre acabam sendo um tanto conservadores em relação às projeções dos traders. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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