China: Estoques públicos de soja seriam suficientes para apenas dois meses

Publicado em 19/09/2012 16:33 e atualizado em 19/09/2012 17:31
O governo chinês deverá continuar realizando suas vendas de soja das reservas estatais até o começo do ano que vem como forma de tentar conter os preços no mercado interno e, por consequência, a inflação dos alimentos. Dessa forma, de acordo com traders internacionais, a nação asiática continuará importando a oleaginosa. 

Os traders acreditam ainda que Pequim também começará a liberar, nos próximos meses,  arte de seus estoques de óleo comestível e também de milho. 

Essa tentativa de conter a inflação por parte do governo acontece antes da mudança de liderança no país, fato que acontece a cada 10 anos e, este ano, deve acontecer em outubro. Atualmente, os preços dos principais grãos, oleaginosas e óleos comestíveis estão batendo recordes de alta em função da oferta bastante ajustada por conta da quebra na safra dos EUA ocasionada pela seca. 

Segundo estimativas privadas, já que as autoridades da China não revelam seus números, as reservas chinesas de soja estariam entre 5 milhões e 10 milhões de toneladas, volume que seria o suficiente somente para um ou dois meses de consumo. 

Nas sessões das últimas segunda (17) e terça-feira (18), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago exibiram um forte movimento de realização de lucros que resultaram em expressivas baixas das cotações, que já perderam o patamar dos US$ 17 por bushel. Tal movimento de recuo, ocasionado principalmente pela pressão sazonal que o mercado sente com o avanço da colheita nos Estados Unidos, deverá estimular novamente os compradoes. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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