Oferta apertada nos EUA estimula altas e contrato julho recupera os US$ 14

Publicado em 09/05/2013 11:56 e atualizado em 09/05/2013 14:52
O mercado internacional de grãos opera do lado positivo da tabela na sessão regular desta quinta-feira (9) na Bolsa de Chicago. Ao longo das negociações, as principais posições da soja ampliaram os ganhos, e por volta das 14h30 (horário de Brasília), a commodity apresentava altas entre 10,50 e 18 pontos. O vencimento julho/13 já recuperava o patamar dos US$ 14, sendo cotado a US$ 14,08 por bushel. Já os futuros do milho e o trigo apresentavam ganhos de dois dígitos.

Segundo analistas, a preocupação dos investidores e traders ainda é com os estoques apertados nos Estados Unidos para atender não só a demanda para exportação, mas também a interna, que segue muito aquecida. Isso continua dando sustentação ao mercado, principalmente nos vencimentos de mais curto. 

"Há uma pressão de alta nas cotações internas da soja nos Estados Unidos, e já podemos ver o prêmio para julho já está de 100 a 110 pontos acima dos preços de Chicago, fazendo com que a soja norte-americana esteja US$ 1 por bushel mais cara do que a brasileira", disse o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Com isso, ainda de acordo com o consultor, alguns compradores americanos poderiam ter que importar produto do Brasil para atender a demanda interna dos EUA. 

De acordo as últimas informações, há indicativos de que pelos menos três navios de soja brasileira já teriam sido comprados na última terça-feira (7) por empresas norte-americanos e de que novas compras poderiam ser efetivadas nos próximos dias. "Esses fatores de compras americanas, apesar de não serem volumes muito grandes, irão servir como um bom suporte para as cotações, ajudando as posições mais curtas em Chicago, talvez até agosto, a se manterem", disse Brandalizze. 

Além disso, hoje o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ainda anunciou a venda de 110 mil toneladas de soja para a China com entrega para a safra 2013/14, o que favorece o avanço das cotações em Chicago. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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