Soja fecha de lado em Chicago e sobe onde ainda há negócios no Brasil frente ao dólar alto

Publicado em 23/12/2025 16:34 e atualizado em 23/12/2025 18:15
Apesar do recuo nesta 3ª, moeda americana permanece acima dos R$ 5,50 e favorece preços no BR

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Nesta terça-feira (23), o mercado da soja fechou o dia sem direção na Bolsa de Chicago. Os preços caminharam durante todo o dia de forma lateralizada, ao final da sessão passaram para o campo negativo, mas finalizaram os negócios em campo misto, testando os dois lados da tabela. A liquidez nesta véspera de feriado, como explica a Agrinvest Commodities, vai ficando reduzida, e o mercado cada vez mais cauteloso e na defensiva. 

Assim, o março encerra o dia com US$ 10,63 e o maio com US$ 10,73 por bushel, ambas referências importantes e fundamentais para a formação dos preços da soja no mercado brasileiro. 

Ainda na CBOT, a terça-feira foi de baixas para o óleo de soja, que realizou lucros depois dos ganhos bons da sessão anterior, e de alta no farelo de soja, o qual chegou a subir mais de 1% ao longo da sessão. 

Os traders ainda observam o comportamento da demanda chinesa nos EUA. As compras continuam acontecendo, porém, em um ritmo modesto. Ao mesmo tempo, o clima se mostra melhor no Brasil e a colheita da soja 2025/26 já foi pontualmente iniciada no Brasil, o que também acaba limitando o potencial de altas na CBOT. 

Agora, o clima aqui no Brasil continuará a ser monitorado com atenção, dada a proximidade da conclusão da safra em regiões-chave de produção. Assim, a América do Sul passa a dominar as atenções do mercado mais uma vez.  

"O mercado segue sem novos fatores relevantes que definam uma direção clara para os preços, mantendo um ambiente de cautela entre os traders. A partir deste momento, o foco permanece concentrado nas condições climáticas da América do Sul, que devem exercer papel determinante na formação dos preços. As previsões seguem indicando clima amplamente favorável ao desenvolvimento das lavouras, o que limita movimentos mais expressivos de alta no curto prazo", afirma o Grupo Labhoro.

No mercado brasileiro, a maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas já não apresentam mais negócios. No entanto, parte delas, em especial as do sul do Brasil, registraram algumas altas, já que o dólar - apesar do recuo desta terça-feira - continua alto e Chicago, inalterado. 

Os preços da soja da safra nova preocupam mais. As margens serão apertadas, porém, as janelas de oportunidade deverão se abrir, mesmo de forma mais ajustada. A demanda seguirá forte pela oleaginosa brasileira - tanto na exportação, quanto internamente. 
 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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