Com falta de produto nos EUA, soja sobe para racionar demanda

Publicado em 03/06/2013 12:26

A semana começa com altas bastante expressivas para a soja na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira (3), por volta das 11h50 (horário de Brasília), o julho era cotado a US$ 15,32 por bushel, com alta de 22,75 pontos. Mais cedo, o preço chegou a US$ 15,37, subindo quase 30 pontos. No mesmo momento, as demais posições subiam quase 20 pontos. 

Uma combinação de fatores estimula o avanço das cotações da oleaginosa na sessão de hoje, segundo explicou Liones Severo, consultor da SIMConsult. A extrema escassez de soja em grão e farelo nos EUA, a demanda aquecida e ainda o clima desfavorável ao plantio da nova safra norte-americana se unem como principal plataforma de suporte às cotações. 

Nos primeiros vencimentos, o mercado ainda reflete essa relação muito apertada entre a falta de soja disponível nos Estados Unidos e a demanda que segue praticamente toda focada no produto norte-americano. 

Segundo explicou o analista Steve Cachia, da Cerealpar, essa significativa alta dos preços exerce a necessária função de racionar a demanda diante da tamanha falta de produto no país. "Isso é reflexo dos Estados Unidos sem soja tendo que racionar o produto", disse. 

Ao mesmo tempo, o clima nos EUA segue desfavorável. Chuvas excessivas continuam impedindo a evolução do plantio da nova safra em um ritmo adequado, o último final de semana foi bastante chuvoso e a expectativa é de que o clima se mantenha assim pelos próximos dias. 

Além disso, as expectativas e especulações sobre tamanho do abandono nas áreas de milho e agora também de soja, em função dessas condições desfavoráveis, são, como explica Pedro Dejneka, analista da PHDerivativos, os protagonistas nos contratos de safra nova tanto para o grão quanto para a oleaginosa. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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