Com correção técnica, soja registra pregão de baixa em Chicago

Publicado em 13/11/2013 11:29

O mercado internacional de soja opera sem força nesta quarta-feira (12). As cotações da oleaginosa operam em queda, registrando uma correção técnica depois das altas dos últimos dias. "O mercado chegou em um momento que sugere uma correção, aliviando indicadores, pois o mercado veio forte nas últimas semanas. São etapas normais e a sazonalidade também influencia", explica Mauricio Correa, analista de mercado do SIM Consult. 

Segundo analistas, o mercado deverá se manter pressionado até o próximo dia 15, quando o vencimento novembro/13 encerra seus negócios, fazendo com que os investidores se reposicionem e esse movimento poderá trazer alguma volatilidade às negociações. Em seguida, ainda de acordo com analistas, os fundamentos deverão se sobressair, voltando a dar força às cotações, principalmente da soja, uma vez que seguem positivos com a ajustada relação entre a oferta e a demanda. 

O que também traz falta de direcionamento ao mercado da soja em grão na CBOT é a volatilidade  do farelo de soja negociado em Chicago. Nesta quarta, as cotações do produto operam em campo negativo, enquanto ontem trabalhavam em terreno misto. No Brasil, os preços subiram de R$ 1220,00 para R$ 1250,00.

Entretanto, os analistas também acreditam que logo o mercado se voltará, novamente, para os positivos fundamentos de oferta e demanda. A relação entre o consumo e a oferta se mantém bastante apertada e sendo confirmada por números como os embarques semanais de mais de 2 milhões de toneladas divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira (11). 

Além disso, já há mais de 84%, cerca de 33,5 milhões de toneladas das 39,46 milhões de toneladas de soja previstas para serem exportadas nesta temporada pelos Estados Unidos, e o ano comercial só se encerra em agosto de 2014. Paralelamente, hoje o USDA anunciou ainda a venda de 123 mil toneladas de soja para a China com entrega para 2013/14. 

"Esses números da demanda são um forte indício de que deveremos ter preços maiores do que os que vem sendo mostrados no mercado, podendo configurar uma sustentação maior para o início da safra da América do Sul", explica Leonardo Mussury, analista de mercado da Bocchi Administradora de Negócios. "Em termos de demanda, portanto, o mercado encontra um bom suporte", completa. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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