Soja volta a perder força em Chicago e julho perde os US$ 14,20

Publicado em 12/06/2014 13:18 e atualizado em 12/06/2014 14:40

O mercado internacional da soja voltou a perder força e recua intensamente na Bolsa de Chicago na sessão regular desta quinta-feira (12). Por volta das 13h (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam entre 10 e 22,25 pontos, com o contrato julho valendo US$ 14,23 por bushel. 

Os preços dão continuidade às baixas registradas ontem, quando o novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) frustrou o mercado sem trazer novidades para o cenário de oferta e demanda, principalmente nos Estados Unidos, onde a escassez é bastante severa e a demanda continua aquecida. 

Como explicou o analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora, as cotações estão realmente pressionadas pela percepção de que mais um mês se passou e as projeções permanecem inalteradas. Mesmo com a continuidade dos negócios nos EUA, as exportações foram mantidas em 43,5 milhões de toneladas, e as importações em 2,45 milhões frente aos menores estoques finais de soja no país em muitos anos. 

"Isto significa que tem um mês a menos de entressafra – cujos estoques estão apertados – e avançamos um mês a mais em direção à chegada da safra nova – que promete ser plena. Segue, no entanto, a tendência de muita volatilidade, sobretudo porque tem todo o período de mercado climático pela frente".

Nem mesmo as exportações semanais de soja dos Estados Unidos ficando dentro das expectativas ajudou a dar um fôlego aos preços. As exportações semanais de soja da safra 2013/14 foram de 86,7 mil toneladas e ficaram dentro das expectativas do mercado, que apostava em algo em torno de 125 mil toneladas negativas e 100 mil toneladas. Em relação à semana anterior, o volume mais do que dobrou e ainda ficou 2% acima da média das últimas quatro semanas. O principal destino foi a Indonésia, que comprou 46,5 mil toneladas do total. 

No acumulado do ano comercial, os Estados Unidos já venderam para exportações 45.060,3 milhões de toneladas. A última estimativa do USDA para essas vendas, no entanto, é de 43,550 milhões e ainda faltam 12 semanas para o fim da temporada.   

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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