Soja: Mercado tem dia de leve alta na CBOT e avanço do dólar no Brasil

Publicado em 24/09/2014 13:07

O mercado da soja tenta se manter em campo positivo nesta quarta-feira (24) e operava com altas de pouco mais de 4 pontos nos principais vencimentos na sessão regular na Bolsa de Chicago, por volta de 12h40 (horário de Brasília). O contrato novembro/14, o mais negociado nesse momento, valia US$ 9,40 por bushel. 

Segundo analistas, o mercado tenta agora se recuperar das fortes baixas registradas nos primeiros dias dessa semana e buscar uma estabilidade. Além disso, a falta de novas informações favorecem os movimentos menos intensos observados nesta quarta. 

O mercado ainda mantém seu foco na grande safra que está sendo colhida nos Estados Unidos e nas condições de clima que favorecem o bom avanço dos trabalhos do campo, que resultaram em uma colheita concluída em 3% da área norte-americana cultivada com a oleaginosa até o último domingo (21). 

"O perfil do mercado internacional continua o mesmo, confirmando a possibilidade de os preços recuarem um pouco mais com o andamento da colheita. O mercado não tem força no curto e médio prazo para uma alta expressiva diante dessa avalanche de soja norte-americana", explica o consultor de mercado Flávio França Junior. "O mercado precisa de um fato novo para subir de forma consistente e as atenções começam a se voltar agora para a definição de área e o plantio na América do Sul", completa. 

No Brasil, diante desse quadro, a comercialização segue parada, sem grandes negócios sendo efetivados. Entretanto, a principal variável observada nesse momento tem sido a valorização do dólar frente ao real favorecendo a formação dos preços no mercado interno. Com um dólar chegando a bater nos R$ 2,41, ontem os valores da soja tanto nos portos brasileiros quanto no interior do país registraram uma alta. 
Paralelamente, prêmios positivos nos terminais de escoamento contribuem para amenizar as perdas em Chicago. Em Paranaguá, por exemplo, os vencimentos mais distantes e de referência para a nossa nova safra têm prêmios, nesta quarta, de 62 centavos de dólar acima dos valores praticados na CBOT. 

"Com essa taxa de câmbio, os preços internos estão um pouco descolados do mercado internacional. Vemos o Chicago caindo forte e o preços aqui caindo, mas não na mesma proporção", afirma França. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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