Em pregão de estabilidade e semana de USDA, soja tenta se manter em campo positivo na CBOT

Publicado em 08/12/2014 12:38

Na sessão desta segunda-feira (8), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem operando com pouca movimentação, próximos da estabilidade e testando os dois lados da tabela. Assim, depois de registrar algumas leves altas, o mercado, por volta das 13h15 (horário de Brasília), trabalhava com pequenas baixas de pouco mais de 2 pontos nos principais vencimentos. 

Segundo analistas, o mercado deve seguir se movimentando com pouca expressão nessa semana, até que seja divulgado o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números - que, ainda de acordo com os analistas, podem trazer uma redução nos estoques e um aumento no quadro de demanda - devem mexer com o andamento dos preços, mesmo os boletins de dezembro sendo, tradicionalmente, mais conservadores. 

Além disso, o mercado se mostra mais calmo também depois da forte alta registrada pelo mercado da soja na última sexta-feira (5), quando os preços retomaram seu fôlego e fecharam o dia com ganhos de quase 30 pontos. O mercado se focou nos números vindos da demanda, principalmente com o anúncio de novas vendas de produto da safra 2014/15 e dos dados sobre o ritmo de vendas e embarques norte-americanos. Hoje, o USDA trouxe um novo reporte, nesse caso de 130 mil toneladas de soja em grão para a Espanha.

Para o analista de mercado Stefan Tomkiw, da Jefferies Corretora, de Nova York, o USDA poderá trazer, em seu relatório do próximo dia 10, uma revisão em algumas de suas projeções para aproximá-las do cenário atual. Sobre os estoques, o analista aposta em uma redução de 12,25 milhões para algo próximo de 10,89 milhões de tonelas e, em contrapartida, um aumento de 820 mil toneladas nas exportações e de 540 mil no esmagamento doméstico.

Ainda nesta segunda-feira e ainda sobre a demanda, a Administração Geral das Alfândegas da China informou que, em novembro, as importações de soja do país foram 47,1% maiores do que as de outubro e somaram 6,03 milhões de toneladas. O motivo, segundo apurou a agência de notícias Reuters, foi o aumento das compras por parte dos processadores locais para atender o pico da demanda sazonal. 

"Os preços dos EUA estão muito baixos, o que tem estimulado muita importações. Além disso, as unidades (chinesas) de soja aumentam o esmagamento durante esta época do ano", disse o analista Li Lifeng, no portal da indústria (www.cofeed.com), ainda de acordo com informações da agência Reuters.

Tags:

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Soja termina com preços estáveis no mercado brasileiro, com pressão de Chicago, mas suporte do dólar
USDA informa mais uma venda de soja para a China nesta 6ª feira (19) em dia de novo leilão
Chinesa Sinograin vende um terço da soja ofertada em leilão, diz Mysteel
Soja segue lateralizada em Chicago nesta 6ª feira, ainda reagindo a cenários já conhecidos
Apesar de novas baixas em Chicago, preços da soja se mantêm no Brasil com dólar ainda alto
Soja: Preços cedem em Chicago, com falta de novidades e pressionada pelo óleo nesta 5ª feira