Soja: Mercado volta a recuar na CBOT antes do USDA; no Brasil, suporte ainda vêm do câmbio

Publicado em 11/09/2015 12:40

À espera dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta sexta-feira (11), o mercado internacional de grãos, que operava com estabilidade, passou a recuar e a soja liderava as baixas na Bolsa de Chicago. 

Os traders seguem buscando um posicionamento antes da divulgação das informações atualizadas e, neste mês, não há um senso comum entre as expectativas para o boletim mensal de oferta e demanda. 

Assim, por volta de 12h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa perdiam entre 7,50 e 8,25 pontos, com o contrato novembro/15, referência para a safra americana, valendo US$ 8,66 por bushel. Entre as posições mais negociadas do milho, as cotações recuavam de 4,75 a 5,50 pontos, com o dezembro/15 cotado a US$ 3,69 por bushel. 

"Uma parte dos analistas acredita que o USDA possa apresentar uma manutenção dos números, enquanto outra acredita que possa haver uma redução depois de alguns pequenos sobressaltos do clima que aconteceram nos últimos dias", disse o consultor de mercado Mársio Ribeiro, da TRINI Consultoria. "Nós acreditamos, principalmente, em uma manutenção tanto para milho, quanto para a soja", completou.

Mercado Interno

Nesta sexta-feira, porém, o dólar voltou a subir frente ao real e tentava, novamente, encostar nos R$ 3,90. A preocupação política e econômica no Brasil ainda segue no foco dos investidores, que viram o Brasil ter seu grau de investimento ser reduzido pela agência de classificação de risco Standard & Poor's na última quarta-feira (9). Assim, perto de 12h35, a moeda americana subia 0,52% a R$ 3,886. 

Com isso, os preços da soja no mercado interno mais uma vez encontravam suporte e, até em alguns casos, registrava alguma valorização. Em Paranaguá, por exemplo, a oleaginosa disponível vinha cotada a R$ 80,50 por saca, enquanto em Rio Grande, o valor se mantinha em R$ 83,00. Já no mercado futuro, os preços eram de, respectivamente, R$ 79,00 - estável - em Paranaguá, e de $ 81,20 em Rio Grande, perdendo R$ 0,30 em relação ao último preço desta quinta-feira. 

No caso do milho, no porto de Paranaguá, o preço também se manteve sem alterações e era de R$ 32,50 por saca para entrega outubro/15, também sustentado pelo câmbio. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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