Soja: Mercado tenta garantir leves altas em Chicago, enquanto preços em Rio Grande têm pressão do dólar

Publicado em 13/01/2016 12:31

Os futuros da soja avançam no início da tarde desta quarta-feira (13) na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas subiam, por volta de 12h40 (horário de Brasília), entre 2 e 5,50 pontos, com o contrato maio/16, referência para a safra brasileira, cotado a US$ 8,79 por bushel. 

O mercado, depois de mais cedo operar sem direção, parece dar continuidade ao movimento positivo registrado na sessão anterior, quando fechou com ganhos de dois dígitos após os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

O órgão reduziu a safra 2015/16 dos EUA, a produtividade, os estoques finais, além de estender a revisão para os números mundiais e renovou o fôlego dos traders. No entanto, os ganhos nesta quarta-feira são mais tímidos. 

Na safra do Brasil, por outro lado, o USDA não mexeu e manteve os 100 milhões de toneladas. Entretanto, a mesma continua a ser observada pelo mercado internacional, já que gera especulações e projeções divergentes. Os efeitos das adversidades climáticas foram bastante severos e variaram entre o excesso e a falta de chuvas o que, segudno explicam analistas, dificultam o mapeamento das perdas. 

Ainda assim, o mercado internacional da soja, neste pregão, conta com bons dados vindos da China. A Administração Geral da Alfândega do país informou hoje que a balança comercial do país fechou 2015 com bons resultados, entre eles, as importações recordes de soja. As compras subiram mais de 14% no ano e fecharam 2015 com o recorde de 81,7 milhões de toneladas. Para a temporada comercial 2015/16, a projeção é de mais aumento.

Leia mais:

>> China: Importações de soja sobem 14% no ano e fecham 2015 com recorde de 81,7 mi de t

E os números chegam confirmando, segundo explicam analistas, que as preocupações com a economia asiática - que vêm ganhando o noticiário internacional, mesmo com um crescimento ainda previsto na casa dos 6% ao ano - não afetam o consumo de alimentos no país. A projeção é de que a demanda por esse aliementos cresça, anualmente, 7%.

No Brasil

No Brasil, o dia é de baixa do dólar e, consequentemente, preços mais presionados nos portos. Na tarde desta quarta, a soja disponível recuava 2,35% paa R$ 83,00 e a futura era cotada a R$ 82,00 por saca no porto de Rio Grande. 

Segundo especialistas, a queda de mais de 1% da moeda norte-americana, que voltou a perder o patamar dos R$ 4,00, vem em decorrência de um maior apetite por risco por parte dos investidores depois dos favoráveis dados do comércio da China. Às 13h10, a divisa perdia 1,55% e era negociada a R$ 3,98. 

"A melhora do ambiente global em decorrência do alívio com o dado chinês contribuiu nesta madrugada para a alta das commodities", escreveu o operador Ricardo Gomes da Silva, da corretora Correparti, em nota a clientes.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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