Soja: Com relatório do USDA, mercado opera sem direcionamento na CBOT na tarde desta 3ª feira

Publicado em 12/04/2016 08:08

As cotações futuras da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) opera sem direcionamento na tarde desta terça-feira (12). Pela manhã, o mercado subia acima de 7 pontos, a espera do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Com a divulgação às 13h com dados dentro do esperado, o mercado passou a reverter os ganhos nos principais vencimentos.

Às 14h54 (pelo horário de Brasília), o vencimento maio/16 perdia apenas 1,4 pontos, com negociação de US$ 9,26 por bushel. Julho/16 estava valendo US$ 9,35 por bushel, com perdas de 1,6 pontos, enquanto agosto/16 estavam US$ 9,37 por bushel.

Na sessão anterior os futuros na CBOT subiram forte e encerraram com alta de 11 pontos, puxados pela expectativa de redução nos estoques dos Estados Unidos. Assim como o mercado aguardava, os estoques foram de fato reduzidos, passando de 12,52 milhões para 12,11 milhões de toneladas.

Outro fator que justificou o movimento de alta , segundo Eduardo Vanin, analista da Agrinvest, foi o dólar. No fim da sessão, a moeda recuou 2,83%, a 3,49 reais na venda, menor cotação de fechamento desde 20 de agosto passado (3,45 reais). O forte declínio foi reflexo da euforia do mercado com perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em apenas duas sessões, a queda acumulada da divisa foi de 5,39%. A retração vista nesta segunda aconteceu mesmo após quatro atuações do Banco Central (BC) para sustentar as cotações.

De acordo com Vanin, a valorização do real frente à moeda americana torna o produto brasileiro menos competitivo no mercado internacional e cria expectativa de mudança da demanda para o produto americano.O mercado também observa o andamento dos principais mercados financeiros, ao mesmo tempo em que acompanha o desenvolvimento do clima nos EUA, início da safra 2016/17, e a disputa por área entre soja e milho. Todos esses fatores, segundo analistas, devem direcionador às cotações de ambas as commodities no mercado internacional.

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Fonte: Notícias Agrícolas

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