Projeto do governo paraguaio pode tributar exportação de soja em 15%; produtores expressam preocupação

Publicado em 22/06/2017 09:35

As principais associações empresariais do Paraguai rechaçaram, na última segunda-feira (19), um projeto para agravar a exportação de grãos, que poderia ser tratado nesta semana no Senado e despertou temores sobre outras reformas econômicas em um ano eleitoral, segundo informou a Reuters.

O tratamento da iniciativa, que fixa um imposto de 15% sobre a exportação de grãos em estado natural, é parte de um pacto que permitiu ao presidente do país, Horacio Cartes, recuperar o controle do Congresso.

Os empresários expressaram preocupação frente à instabilidade política que afeta a previsibilidade necessária para os investimentos e o clima de negócios. Para eles, o governo está "equivocado" e uilizando os produtores como moeda de troca para ter maioria no poder do Estado.

O acordo político foi feito entre Cartes e a coalizão Frente Guasu, que busca, há anos, impulsionar este projeto. O líder do grupo, o ex-presidente Fernando Lugo, foi eleito na semana passada titular do Senado e do Congresso.

Os defensores do projeto dizem que o setor agrícola tem poucos impostos sobre suas exportações, que superaram os US$3 bilhões no ano passado.

Por sua vez, os produtores apontam que este acordo destruiria uma das atividades mais dinâmicas da economia, reduzindo para a metade o volume de produção de grãos, cujo cultivo deixará de ser rentável.

O Paraguai é o quarto exportador mundial de soja e produziu 10 milhões de toneladas na última safra. O projeto deve ser estudado nesta quinta (22), segundo os senadores.

Tradução: Izadora Pimenta

Fonte: Infocampo

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