Cinco pontos que representam a comercialização de soja na Argentina neste momento

Publicado em 23/06/2017 16:33

O portal AgroVoz destacou, nesta sexta-feira (23), cinco pontos que representam a comercialização de soja argentina neste momento, que conta com muitos produtores segurando a oleaginosa em busca de melhores preços.

Confira:

1 - Vendas em baixa

Segundo um boletim divulgado pela Fundação Mediterrânea, entre janeiro e final de maio, os produtores de soja venderam apenas 12,1 milhões de toneladas na Argentina, 21% da colheita prevista para a safra. Nas últimas 11 safras, este número era de 18,2 milhões de toneladas, ou 39% da produção.

Em valores reais, isso traz um "buraco" de entre seis e dez milhões de toneladas da oleaginosa no mercado.

2 - Menores ingressos

De acordo com os cálculos dos economistas Juan Manuel Garzón e Nicolás Torre, a soja que não foi vendida representa operações pendentes de US$1,4 a US$2,4 bilhões, o que afeta atividades de indústrias de processamento e também daquelas que dependem desse comércio.

3 - Colheita lenta?

Uma possibilidade, de acordo com o boletim, seria o avanço lento da colheita, por conta dos problemas climáticos que afetaram os caminhos. Entretanto, a colheita já está praticamente finalizada neste momento, o que descarta essa hipótese.

4 - Preços baixos

A soja não para de retroceder no mercado de Chicago, impactando as cotações locais: uma tonelada da oleaginosa caiu de US$245 no início de junho para US$228 agora.

Há um prêmio a ser pago para os produtores que estão segurando a soja, de entre US$10 a R$20 por tonelada em operações com entrega ao final do ano. Entretanto, esse prêmio pode ser atrativo ou não, depende da situação do produtor.

5 - Atraso Cambiário

Analistas apontam que os produtores estão esperando um aumento no câmbio local para que os valores em pesos sejam mais atrativos. O dólar está fixado em AR$16 há vários meses.

Tradução: Izadora Pimenta

Fonte: Agrovoz

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