Soja: Mercado fecha em queda na Bolsa de Chicago com petróleo, chuvas na Argentina e fundos

Publicado em 06/12/2017 18:56

As commodities recuaram de forma generalizada nesta quarta-feira (6) nas bolsas norte-americanas e os futuros da soja, que vinham trabalhando com boas altas no início do dia, acompanharam o movimento negativo e também fecharam em queda na Bolsa de Chicago. 

Os contratos principais terminaram o dia com perdas de pouco mais de 5 pontos - após três sessões consecutivas de boas altas - com o janeiro/18 valendo US$ 10,02 e o maio/18, referência para a safra brasileira, sendo negociada a US$ 10,25 por bushel. 

Segundo analistas internacionais, parte da pressão para as baixas veio das depois que algumas previsões climáticas atualizadas mudaram o padrão há alguns dias apresentados e trouxeram mais chuvas para os próximos 15 dias na Argentina, segundo informações apuradas pela Labhoro Corretora. 

"Com estas previsões, o mercado saiu da alta para baixas de 9 a 10 pontos direto", disse a corretora. 

No início do dia, os traders ainda trabalhavam com previsões indicando tempo quente e seco em importantes regiões da Argentina, com precipitações apenas pontuais no front meteorológico. 

"São esperadas chuvas para o final desta semana na Argentina, porém, em baixos volumes e ainda muito espalhadas", diz a consultoria internacional CHS Hedging. "Assim, os traders continuam discutindo sobre esse clima e a possibilidade de produtividades argentinas menores", completa. 

Ao mesmo tempo, porém, ainda segundo analistas internacionais, vendas intensas de posições entre todas as commodities foram observadas frente a uma alta do dólar no cenário externo. A baixa forte do petróleo colaborou para o movimento. 

Nesta terça, os futuros da commodity bateram em suas mínimas em duas semanas, intensificando as quedas depois das notícias de um aumento nos estoques americanos de gasolina. O incremento foi de 6,8 milhões de barris, enquanto o mercado esperava por apenas 1,7 milhão, segundo números da agência de energia dos EUA. 

Leia mais:

>> Petróleo cai para a mínima de duas semanas com aumento nos estoques de gasolina

Apesar disso, para o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, a tendência de alta para os preços da soja deve superar esse movimento pontual de baixas, uma vez que as incertezas climáticas sobre a América do Sul ainda persistem. 

Segundo Mariano, as chuvas registradas no radar para a Argentina não são suficientes para dar tranquilidade para a safra local, situação que também se reflete no Sul do Brasil.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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