Soja: Mercado futuro encerra o pregão desta 2ª feira com fortes desvalorizações na Bolsa de Chicago

Publicado em 19/08/2019 17:21
Pressão de baixa nas cotações motivou algumas vendas técnicas

As cotações futuras do cereal encerraram com forte desvalorização da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT) na sessão desta segunda-feira (19). Os principais vencimentos da commodity encerraram o pregão com perdas de 13,25 pontos. O contrato setembro/19 terminou o dia cotado a  US$ 5,54 por bushel e o novembro/19 trabalhava a US$ 8,66 por bushel.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços dos grãos subiram moderadamente na última sexta-feira, mas a sessão desta segunda-feira devolveu a maioria desses ganhos, com a melhora das previsões meteorológicas em curto prazo, aplicando alguma pressão de baixa que motivou algumas vendas técnicas. 

“Os preços da soja caíram cerca de 1,5% na sessão desta segunda-feira devido a algumas vendas técnicas, depois que os traders consideraram melhores previsões do tempo e agravadas pelas expectativas de que as condições das safras se mantiveram estáveis ​​na semana passada”, afirma Potter. 

Segundo as informações da Reuters Internacional, as chuvas registradas durante este final de semana nas regiões de Minnesota, sul de Iowa, oeste do Missouri e leste do Kansas, Illinois, Indiana e Ohio vão beneficiar as lavouras de soja. "A chuva superou as expectativas na maioria das áreas, particularmente no oeste Meio-Oeste, melhorando as condições para o milho e crescimento da soja ", disse a empresa de tecnologia espacial Maxar em nota aos clientes. 

Ainda segundo as informações da Reuters, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo que ele ainda não estava pronto para chegar a um acordo comercial com a China. O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que os representantes comerciais de ambos os países vão conversar dentro de 10 dias e a expectativa é que os representantes da China venha aos Estados Unidos. 

Mercado Interno

No caso do mercado interno, as principais praças pesquisadas pelo o Notícias Agrícolas registraram valorizações nas cotações do cereal. Em Jataí/Go e Rio Verde/GO, a saca da soja terminou o dia cotada a R$ 68,00 com um ganho de 1,49%. Já na região de São Gabriel do Oeste/MS, o grão registrou uma valorização de 1,39% com a saca em torno de R$ 73,00. 

No município de Campo Novo do Parecis/MR, a valorização para a oleaginosa foi 1,47% com a saca cotada a R$ 69,00. Em Rondonópolis/MT, a referência está em torno de R$ 77,50 a saca com um ganho de 1,31% e em Itiquira/MT a saca está cotada a R$ 76,00 com um avanço de 1,33%. 

Por outro lado, a saca da soja disponível no Porto de Rio Grande terminou o dia cotada a R$ 83,30 com um recuo de 0,24%. Já no Porto de Paranaguá, a desvalorização foi de 0,59 e a soja disponível está em torno de R$ 84,00 a saca. Na região de Palma Sola/SC, terminou o dia com uma queda de 0,68% e o preço da saca está próximo de R$ 72,50.

Segundo as informações da consultoria Agrifatto, as valorizações para o câmbio e altas para os prêmios reajustaram para cima as pedidas pelo grão no mercado doméstico. A soja em Paranaguá registrou-se ao redor de R$ 86,50/sc para entrega e pagamento no próximo mês.

Em seu boletim semanal, o Cepea divulgou que os compradores estão cautelosos para fechar negócios que envolvem grandes lotes da cultura. “Parte dos vendedores prefere enviar a oleaginosa para o porto em detrimento do mercado doméstico, favorecido, inclusive, pelo transporte de retorno com adubo entre o porto e as regiões produtoras”, informou o Cepea. 

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>> Soja: Com vendedores retraídos, preços sobem

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a sessão desta segunda-feira com alta de 1,60%, negociado a R$ 4,0677 na venda. "O dólar tornou a fechar em forte alta contra o real, para o maior nível em três meses, diante do fortalecimento global da divisa norte-americana em meio a mais dúvidas sobre a disposição do Federal Reserve de cortar novamente os juros nos Estados Unidos, movimento que pode aumentar a oferta de moeda em países como o Brasil", reforçou a Reuters.

Confira como ficaram as cotações nesta terça-feira:

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Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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