Soja opera com estabilidade em Chicago nesta 3ª e se divide entre fundamentos e coronavírus

Publicado em 14/04/2020 08:58

Nesta terça-feira (14), o mercado da soja dá continuidade às baixas registradas ontem, mas de forma mais contida. Por volta de 8h35 (horário de Brasília), as cotações recuavam pouco mais de 2 pontos nas posições mais negociadas, depois de terem perdido mais de 1% na sessão anterior. 

O mercado, segundo explica Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar, se ajusta às últimas notícias - positivas e negativas - e aos seus próprios fundamentos, principalmente diante dos EUA prestes a começarem sua nova safra. 

"Apesar do pessimismo provocado pelo fechamento de algums indústrias de carnes e soja nos EUA, o número de casos de Covid-19 no mundo chegando a 2 milhões com 120.000 mortos, há o outro lado da moeda, os impressionantes 3 milhões de testes efetuados nos EUA, números de casos confirmados e mortos diminuindo na Europa e o fato de que meio milhão de pessoas já se recuperaram do vírus ao redor do mundo", diz Cachia.

Assim, o contrato maio tinha US$ 8,51 por bushel, o julho US$ 8,59 e o agosto, US$ 8,63. 

Para Cachia, o mercado ainda carrega um viés positivo importante vindo da demanda, mais especificamente da necessidade dos países de construirem seus estoques de alimento. "Isso pode ser  liderado talvez pelo trigo, com países formando estoques e até limitando ou proibindo exportações. Fora disso, a China dá sinais de recuperação, até econômica, e se permanecer esse quadro, deve se transformar em compras em volumes maiores de soja, milho e trigo, principalmente dos EUA, dentro da Fase 1 do acordo comercial", conclui.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

>> Soja: Brasil tem dia de equilíbrio nos preços e poucos negócios, apesar da alta forte do dólar

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Por: Carla Mendes| Instagram@jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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