Plantio entra na reta final no Mato Grosso do Sul, mas atrasos permanecem

Publicado em 29/11/2023 12:45

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.         

De acordo com o levantamento, o plantio da safra de soja 2023/24 atingiu o patamar de 89,9% no estado, ficando atrás dos 96,6% do mesmo período da safra passada e dos 96,3% da média dos últimos cinco anos.   

“O atraso no plantio da soja neste período é marcado pela baixa pluviometria na região norte, com apenas 85,5% da área plantada registrada até 24/11, em comparação com 95% no mesmo período do ano passado. Esse atraso pode ter várias implicações, incluindo a possibilidade de impactar a janela de plantio do milho de 2ª safra. Embora o atraso no plantio da soja possa ter um impacto, ainda há potencial para uma safra de milho bem-sucedida", explica o relatório.   

Até o momento, a Famasul estima um crescimento de 6,5% na área plantada com soja nesta temporada, atingindo 4,265 milhões de hectares e registrando produção de 13,818 milhões de toneladas, após produtividade estimada de 54 sacas por hectare.   

Olhando para as condições das lavouras, 90,6% foram classificadas como em bom estado, 9% em regular e 0,5% em ruim.   

“Vale lembrar que, historicamente, o plantio se encerra na primeira semana de dezembro. Para minimizar o impacto negativo desse atraso no plantio, os produtores deverão estar atentos ao monitoramento das condições climáticas e realizar ajustes nas estratégias. Esses detalhes ajustados minimizam o impacto negativo desse atraso”, conclui a publicação.   

O relatório ainda aponta que, o Mato Grosso do Sul registrou replantio em 1,33% da área total estimada, representando cerca de 56.534 hectares. A maior parte do replantio ocorreu na região centro, com aproximadamente 25.107,10 hectares replantados. Isso foi seguido pelas regiões nordeste (17.460,44 hectares), norte (11.427 hectares) e sul (2.539 hectares). 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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