Soja sobe forte em Chicago nesta 6ª feira, na carona da disparada de quase 4% do trigo

Publicado em 14/02/2025 13:16
Demanda presente, dólar em baixa e Argentina perdendo potencial produtivo contribuem

O mercado da soja continua trabalhando do lado positivo da tabela e intensificando seus ganhos na Bolsa de Chicago na tarde desta sexta-feira (14). Por volta de 12h55 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 10 e 13,25 pontos, com o maio valendo US$ 10,59 e o julho, US$ 10,74 por bushel. A soja acompanha uma disparada forte do trigo no mercado internacional, que responde direto ao seu cenário de fundamentos. 

"O trigo disparou hoje, não tem trigo no mercado global. E o trigo ajuda o complexo soja", afirmou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. As altas entre os futuros do cereal, na tarde de hoje, variavam de 19,75 e 21,50 pontos, com todos os principais contratos acima dos US$ 6,00 por bushel, com o setembro já marcando os US$ 6,36. 

Além disso, os preços da soja encontram suporte ainda em um momento de demanda aquecida, no dólar em queda - no Brasil e no exterior, com o index frente a uma série de outras moedas - e também na ainda constante deterioração da safra da Argentina. As informações atualizadas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires mostram que as condições das lavouras pioraram no país, reduzindo ainda mais o potencial produtivo da safra 2024/25. 

MERCADO NACIONAL

No mercado nacional, as atenções continuam sobre os prêmios. Os valores continuam elevados, testando bons patamares e ainda refletindo a dificuldade de originação, por conta do atraso da colheita. No julho, por exemplo, como relatou Brandalizze, na pedida do vendedor, o indicativo era de algo entre 50 e 55 cents de dólar positivos, enquanto o comprador oferecia algo como 35 centavos. 

Assim, base porto de Parnaguá, os preços seguiam pouco acima dos R$ 130,00 por saca - entre os contratos março e abril -, enquanto para os meses do segundo semestre já apresentavam valores mais elevados, com o agosto sinalizando R$ 141,00 por saca. "Os preços tiveram (no mercado nacional) poucas flutuações, porém, poderiam estar mais pressionados por ser este momento de colheita", complementa o consultor. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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