Consultoria reduz safra argentina de soja em 7,5 milhões de toneladas
Em novembro, o estimado para a oleaginosa eram 55 milhões de toneladas e para o cereal 25,5 milhões de toneladas. Porém, o estimado agora são 47,5 milhões e 23 milhões de toneladas, respectivamente.
O vice-presidente do Movimento de Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (Crea), Juan Balbín, "há um grande temor de que se repita o panorama climático da safra 2008/2009, quando o rendimento foi muito baixo e produtores de soja e milho quebraram".
O La Niña vem impactando mais fortemente nas lavouras nessas últimas semanas, reduzindo expressivamente as chuvas. No começo do ano passado, a cidade de Córdoba sofreu com inundações e agora sente os resultados da seca. A região mais afetada na Argentina é a central.
Ainda segundo Balbín, essas alterações climáticas - que não acontecem só na Argetina - provocam também uma perspectivas de preços mais altos para as matérias-primas. Por conta disso, alerta para um complicado cenário tanto para os produtores quanto para a alimentação mundial.
De acordo com o vice-presidente do Crea, para os agricultores a situação se agrava pois o volume da colheita pode não ser o suficiente para cobrir seus gastos. "Muitos podem nem ter colheita", lamenta. Com isso, os investimentos para a próxima safra podem ser cancelados.
Paralelamente, as estimativas para o rendimento financeiro das exportações também foi reduzida. Em novembro, o estimado para todas as culturas era de US$ 31,362 bilhões, agora, a estimativa passa a ser de US$30,530 bilhões.