Soja: Com suporte no trigo e no cenário externo, mercado fecha em alta

Publicado em 09/05/2011 16:41
Os grãos negociados na Bolsa de Chicago encerraram o dia com significativa alta nesta segunda-feira. A semana se iniciou com a recuperação dos preços de grande parte das commodities agrícolas depois do forte recuo registrado na semana passada.

Essa forte queda registrada nos últimos dias, principalmente pela soja e pelo trigo, tornaram os preços mais atrativos para os compradores, que voltaram ao mercado ainda estimulados pelo aperto da oferta global de importantes produtos. A expressiva recuperação reflete também o enfraquecimento do dólar e a condição sobre vendida do mercado.

Para Ricardo Lorenzet, especialista em mercado de grãos da XP Investimentos, o que se viu no pregão diurno, foi a soja caminhando na esteira do trigo, que foi o destaque do dia e fechou com mais de 30 pontos de alta. O mesmo aconteceu com o milho, que sentiu a boa influência dos mercados vizinhos e encerrou com boas altas.

Além disso, o cenário externo também contribuiu para o avanço. O mercado das agrícolas, principalmente o da soja, acabou pegando carona na valorização do petróleo e dos metais preciosos. Esse avanço trouxe de volta a força das compras especulativas, que na última semana estiveram mais ausentes em função da forte baixa que atingiu o setor.

Veja como ficaram as cotações no fechamento da Bolsa de Chicago:

>> SOJA

>> MILHO

>> TRIGO

 
Essa forte retração que atingiu as commodities e retirou US$ 99 bilhões do valor de mercado na última semana vem "expulsando" os especuladores e levando o banco Goldman Sachs, que previu a queda, a estimar uma recuperação.

A combinação de um crescimento mais lento no setor de serviços dos Estados Unidos e menos ordens no setor manufatureiro alemão ajudou a reduzir em 11% o índice de 24 commodities em cinco dias, neutralizando todos os ganhos registrados em março.

O trigo, o zinco e o ouro se recuperaram no final da última semana com o payroll nos Estados Unidos superando as estimativas do especialistas. Com isso, se reduziu as preocupações frente a uma possível redução da demanda.

"Dada a magnitude do recuo, cria-se um potencial mais positivo para o segundo semestre deste ano, quando espera-se que os fundamentos devam se apertar", disse Jeffrey Currie, diretor de pesquisas em commodities do Goldman Sachs.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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