Grãos: sem novidades no campo fundamental, preços têm leve baixa

Publicado em 16/08/2011 10:06 e atualizado em 16/08/2011 11:56
Os contratos futuros dos grãos fecharam o pregão noturno de Chicago desta terça-feira em baixa e continuaram recuando na sessão diurna. A soja, por volta das 11h48 (horário de Brasília), operava com mais de 5 pontos de baixa em seus principais vencimentos. Na tendência da oleaginosa, o milho e o trigo também  caem e operam com variação negativa de pouco mais de 3 pontos.

De acordo com analistas, a baixa dos preços é consequência da falta de novidades no campo fundamental e climático e por isso, voltam a reagir a dados negativos do mercado financeiro. Além da falta de novidades nos fundamentos, os grãos registram também um leve movimento de realização de lucros depois das altas dos últimos dias provocadas pelo último relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Para Steve Cachia, analista de mercado da Cerealpar, as quedas das commodities refletem as más notícias divulgadas hoje sobre a economia européia. Na Alemanha, maior economia da zona do euro, o crescimento do PIB neste semestre foi de 0,1% após um desempenho excepcional do primeiro trimestre do ano. Os dados estão abaixo do crescimento previsto por analistas da Dow Jones, que previam crescimento de 0,4% para o país.

Além disso, a informação do aumento do rendimento nominal dos títulos chineses também não agradou muitos os investidores, já que pode sinalizar um novo aumento da taxa da juros na nação asiática. Com esse cenários, os traders acabam, mais uma vez, aumentando sua aversão ao risco.

"A meta hoje é tentar não escorregar demais e esperar alguma mudança de humor dos fundos ou nova previsao climática mostrando alguma possibilidade de estresse nas lavouras americanas", orienta o analista.

USDA - O último relatório de acompanhamento de safra divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou que o índice das lavouras de soja e milho em boas ou excelentes condições se manteve estável e, por isso, não geraram um impacto significativo nos preços negociados na CBOT.

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Por: Ana Paula Pereira/Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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