Chicago: Crise na Zona do Euro volta a pesar sobre mercado de grãos

Publicado em 16/11/2011 11:49 e atualizado em 16/11/2011 13:25
Os preços dos grãos voltaram a cair na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira e fecharam o pregão noturno no vermelho. O mercado devolveu parte dos expressivos ganhos registrados na sessão regular de ontem e voltou a focar os problemas com a crise da Europa.

No pregão regular desta terça-feira (15), os futuros da soja fecharam o dia com mais de 20 pontos de alta refletindo os sinais da volta aquecida da demanda chinesa ao mercado norte-americano. As informações foram confirmadas pela notícia de que a China comprou 600 mil toneladas de soja dos EUA nesta terça-feira, pela companhia Sinograin. Especialistas afirmam que a nação asiática estaria aproveitando os baixos preços para recompor seus estoques, lê-se preços abaixo dos US$ 12 por bushel.

Entretanto, no pregão de hoje, essas notícias não foram suficientes e os preços acabaram recuando novamente, em um movimento de realização de lucros, pois os holofotes se voltam, mais uma vez à crise instalada na Zona do Euro.

A situação no Velho Continente segue preocupando os mercados e fazendo com que os investidores se mantenham aversos ao risco, aplicando seu capital em ativos mais seguros, como o dólar, por exemplo. E a alta da moeda norte-americana acaba sendo mais um motivo de pressão para os preços nesta quarta-feira. 

A bola da vez é a Espanha, mesmo que a Grécia e a Itália ainda tire o sono dos participantes do mercado. Analistas afirmam que mesmo diante de boas informações sobre a demanda, a crise política e financeira pela qual passa a Europa ainda gera temores de uma redução da procura por matérias-primas, como as commodities, por exemplo.

Além disso, as previsões de que a Europa caminha para uma nova fase de recessão só se fortalecem diante de números que apontam para um quarto trimestre negativo em importantes economias da Eurozona. Analistas dizem ainda que o contágio da crise poderia estar chegando agora aos membros mais fortes da União Europeia, o que preocupa ainda mais o mercado.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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