Seguindo petróleo e câmbio, açúcar recua nas bolsas de NY e Londres nesta 4ª

Publicado em 01/09/2021 16:27
Nos fundamentos, mercado segue atento para informações sobre a safra 2021/22 do Brasil e também próxima temporada

O dia foi marcado por oscilações entre ganhos e perdas para o açúcar nas bolsas externas nesta quarta-feira (1º). Porém, a baixa acabou prevalecendo na Bolsa de Nova York e em Londres em meio queda do petróleo e oscilações do câmbio.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu de 0,86%, cotado a US$ 19,67 c/lb, com máxima de 20,05 c/lb e mínima de 19,61 c/lb. Em Londres, o tipo branco fechou estável, negociado a US$ 483,30 a tonelada, mas houve queda nos outros vencimentos.

Depois de oscilar dos dois lados da tabela na sessão, o mercado futuro do açúcar acabou fechando em queda em meio uma pressão do petróleo no cenário internacional, o que tende a impactar o etanol, além das oscilações cambiais.

Um dólar mais forte ante o real tende a encorajar as exportações das commodities, mas em compensação pesa sobre os preços externos das commodities.

"A fraqueza nos preços do petróleo nos últimos dois dias está pesando sobre os preços do açúcar, juntamente com a melhora das perspectivas de chuva no final desta semana no Brasil", destacou em nota o site internacional Barchart. O foco já é para 2022/23.

Perspectiva de clima mais favorável para 2022/23 também dá suporte ao mercado - Foto: AEN

Como suporte aos preços nos últimos dias, há a safra 2021/22 de cana-de-açúcar do Brasil que foi impactada pela seca, além de ter recebido geadas seguidas durante o mês de julho, com reflexos na produção de açúcar e etanol na região Centro-Sul.

Diante desse resultado esperado na principal região produtora do Brasil, a safra global 2021/22 que começa em outubro tem perspectivas de déficit, de acordo com algumas consultorias internacionais de mercado.

MERCADO INTERNO

Os preços no Brasil continuam em alta em meio oferta escassa e demanda mais aquecida nos últimos dias, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 0,75%, a saca de 50 kg cotada a R$ 137,36.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 135,50 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado a US$ 20,05 c/lb e queda de 1,94%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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