Com perdas expressivas do petróleo, açúcar passa a cair em NY e Londres nesta 3ª

Publicado em 05/07/2022 10:53
Avanço da safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil também contribui para as perdas do adoçante na retomada do feriado nos EUA

As cotações futuras do açúcar tinham perdas moderadas nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de terça-feira (05). O mercado sente pressão do financeiro, com perdas do petróleo, além do câmbio. O avanço da safra do Centro-Sul do Brasil contribui.

Por volta das 10h49 (horário de Brasília), o açúcar do tipo bruto tinha desvalorização de 1% na Bolsa de Nova York, cotado a 17,89 cents/lb. Já no terminal de Londres, o tipo branco tinha queda de 0,75%, a US$ 530,50 a tonelada.

Depois de feriado nos Estados Unidos, o mercado do açúcar acompanha nesta terça-feira a influência do financeiro sobre os preços. Em meio temores de recessão, o petróleo caía cerca de 5% neste final de manhã. Além disso, o dólar tinha forte alta sobre o real.

"O petróleo ainda está lutando para sair de seu atual mal-estar recessivo, à medida que o mercado se afasta da inflação para o desespero econômico", disse Stephen Innes, da SPI Asset Management.

Além disso, o mercado continua sua atenção para o avanço da safra do Centro-Sul 2022/23.

"Basicamente, o mercado do açúcar tem reagido aos fundamentos, que é o andamento da safra 2022/23 no Centro-Sul do Brasil, sem percalços climáticos", disse em entrevista recente ao Notícias Agrícolas Maurício Muruci, analista da Safras.

Nos fundamentos internacionais, o mercado também sente alguma pressão com informações de amplas safras de açúcar na Índia e na Tailândia.

» Clique e veja as cotações completas de sucroenergético

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Após recorde de moagem em 23/24, Coplacana projeta cenário favorável também para 24/25
Rússia proíbe exportação de açúcar até 31 de agosto, dizem agências
UE vê alta de 2% na produção de beterraba em 24/25 e maior oferta de açúcar
Unica e Orplana reafirmaram o compromisso para revisão do CONSECANA-SP
Ucrânia procura compradores de açúcar, já que cota da UE está quase esgotada