Isenção de impostos dos combustíveis será prorrogada pelo Ministério da Economia em acordo com novo governo

Publicado em 27/12/2022 11:06 e atualizado em 27/12/2022 16:53
Até lá, governo de Lula buscará uma decisão final sobre o tema, já que não há um consenso na equipe

A expectativa sobre a decisão de continuidade ou não da isenção dos impostos sobre os combustíveis ganha um novo capítulo. Chega de Brasília a informação de que o Ministério da Economia, em acordo com o novo governo, deve prorrogar a isenção de PIS e Cofins – prevista para terminar no final deste ano – por mais trinta dias. As informações foram dadas com exclusividade pelo G1 e confirmadas pela agência de notícias Reuters.

Até lá, o novo governo buscará uma decisão final sobre o tema, já que não há um consenso na equipe de Lula.

Segundo o site, a equipe de Paulo Guedes no Ministério da Economia sugeriu a prorrogação por mais 90 dias da isenção dos impostos federais, mas ficou acertada a decisão final com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o prazo de 30 dias mesmo até uma nova decisão. Se reeleito, Bolsonaro já havia demonstrado a intenção de manter a isenção desses impostos durante o ano de 2023, assim como foi durante a maior parte de 2022.

A pauta dos impostos sobre os combustíveis, seja a isenção federal ou o teto na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos estados, predomina no setor sucroenergético, principalmente agora que a maioria das usinas já finalizaram o processamento da safra 2022/23 no Centro-Sul do país. Essas unidades têm a opção de produção, além do açúcar, do etanol, um biocombustível substitutivo da gasolina nas bombas.

A Lei Complementar nº 194 foi aprovada em 23 de junho de 2022, zerando o PIS/Cofins sobre o etanol (hidratado, anidro e para outros fins) a partir de 24 de junho de 2022, o que impactou na programação das usinas. No mesmo dia, foi sancionado projeto de lei que limita a 17% a alíquota do ICMS sobre óleo diesel, gasolina e outros produtos e serviços.

Segundo a Reuters, o Orçamento de 2023, aprovado pelo Congresso na semana passada, prevê a manutenção da desoneração no próximo ano, a um custo de 52,9 bilhões de reais para os 12 meses. Desse total, a renúncia de arrecadação é estimada em 34,3 bilhões de reais para a redução de PIS/Cofins e Cide de gasolina, etanol e gás veicular e em 18,6 bilhões de reais para o corte de PIS/Cofins sobre diesel, biodiesel, gás liquefeito e querosene de aviação.

Como há previsão orçamentária para a desoneração, a medida para prorrogar os cortes por um mês poderá ser efetivada por meio da edição de um decreto pelo atual governo.

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Açúcar cai com movimento técnico nesta 6ª feira (26) mas fecha semana com ganhos acima de 2%
Moagem de cana diminui no Norte e Nordeste mas produção de etanol anidro segue em alta
Mercado do açúcar recua em sessão de ajustes, mas mantém radar nos fundamentos
Preços do açúcar fecham em alta após consultoria projetar queda de produção no Brasil
Após um ano de impasse, Consecana/SP se mantém no centro das atenções do setor canavieiro
Mercado do açúcar avança com cobertura de posições e volta ao patamar de 15 cents em NY