Previsão de chuvas no Brasil pressiona mercado do açúcar, que recupera perdas nessa segunda (31)
Nesta segunda-feira (31), o mercado do açúcar encerra o mês de março em forte volatilidade. Em Nova Iorque, o contrato maio/25 é negociado a 19.10 cents de dólar por libra-peso, um aumento de 0,74%. Já em Londres, o mesmo vencimento é cotado a US$ 538.00 por tonelada, alta de 0.43%.
Apesar da recuperação de hoje em relação ao último fechamento, as cotações seguem pressionadas principalmente pelas previsões de chuvas para o Centro-Sul do Brasil, o que alivia parte das preocupações com os efeitos da seca sobre a safra 2025/26. “As previsões de chuva no Brasil aliviaram as preocupações com a seca e pesaram sobre os preços do açúcar”, destaca o portal Barchart.
Segundo o Inmet, as chuvas devem se concentrar durante o mês de abril especialmente na parte leste da Região Sudeste, condição considerada favorável para o desenvolvimento dos canaviais.
Segundo a UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil registrou queda na primeira quinzena de março. As unidades processaram 1,83 milhão de toneladas, volume 17,81% inferior às 2,22 milhões de toneladas registradas no mesmo período da safra 2023/2024. No acumulado da safra 2024/2025, até 16 de março, a moagem totalizou 617,28 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 4,94% frente às 649,35 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo da safra anterior.
Nos primeiros quinze dias de março, 19 unidades iniciaram a moagem da nova safra 2025/2026. Ao final da quinzena, 37 unidades estavam em operação na região Centro-Sul — 22 usinas processando cana-de-açúcar, 10 unidades produzindo etanol a partir do milho e o restante formado por usinas flex. No mesmo período do ano passado, 41 unidades estavam em operação.
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) foi de 99,17 kg por tonelada de cana-de-açúcar na primeira quinzena de março — valor 9,82% inferior aos 109,96 kg/ton observados em igual período do ciclo anterior. No entanto, no acumulado da safra, o ATR atingiu 141,35 kg/ton, o que representa uma alta de 1,38% em comparação com o mesmo período da safra passada.