Moagem de cana da safra 11/12 no centro-sul está 25% menor

Publicado em 14/06/2011 07:57
A moagem de cana-de-açúcar da safra 2011/12 do centro-sul do Brasil atingiu 99,63 milhões de toneladas até o dia 1º de junho, volume 25,7 por cento inferior ao registrado em igual período do ano passado, informou nesta segunda-feira (13) a Unica, entidade que reúne as usinas.

Segundo a União da Industria de Cana-de-Açúcar (Unica), o clima seco colaborou para o avanço da colheita na última quinzena. Contudo, em relação à safra anterior, a moagem da cana segue atrasada.

Na quinzena encerrada em 1º de junho, a moagem da cana cresceu 5,4 por cento, para 42,72 milhões de toneladas.

"Porém, essa condição climática castigou ainda mais o desenvolvimento da lavoura que será colhida nos próximos meses", alertou o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.

Foi o primeiro crescimento de volume na comparação de uma quinzena da safra atual com uma da safra anterior desde o início do processamento neste ano, informou a Unica.

A produção de açúcar no acumulado da safra 2011/12 até 1º de junho no centro-sul foi de 4,73 milhões de toneladas, 28,8 por cento menor em relação ao mesmo período do ciclo anterior

Da mesma forma, a produção de açúcar avançou 6,8 por cento na quinzena encerrada em 1o de junho, para 2,38 milhões de toneladas.

ETANOL

A produção total de etanol recuou 28,7 por cento até 1o de junho, para 3,88 bilhões de litros, ante igual período de 2010/11.

No caso do etanol, a Unica apurou incremento de 28,4 por cento na produção de anidro (misturado à gasolina), para 629 milhões de litros, na segunda quinzena de maio.

"No acumulado desde o início desta safra, a produção de anidro representou quase 40 por cento de todo o etanol produzido pelas usinas", informou a Unica em comunicado.

A oferta restrita do etanol anidro puxou os preços deste combustível nos primeiros meses de 2011 e elevou os valores da gasolina, devido à mistura de 25 por cento de anidro ao combustível fóssil.

O executivo da Unica afirmou que as usinas possuem capacidade instalada e "estão comprometidas para produzir o volume de etanol anidro necessário ao abastecimento do mercado doméstico nos níveis atuais de mistura".

A mistura permanece, atualmente, em 25 por cento, mas o assunto segue em discussão no governo, que recentemente alterou a banda de variação da mistura para entre 18 e 25 por cento, ante 20 a 25 por cento.

A produção de etanol hidratado --utilizado nos carros flex--, porém, recuou 9,74 por cento na quinzena.

Fonte: Reuters

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