No dia da cobra, o programa n.o 100 mostra onde tudo começou: o plantio direto do seo Nonô Pereira

Publicado em 17/12/2020 15:08 e atualizado em 17/12/2020 15:43
Edição do Tempo&Dinheiro desta quinta-feira, 17/dezembro/2020, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

"...chegamos onde tudo começou, nas terras do seo Nonô Pereira, aqui em Palmeira, região de Ponta Grossa, centro do Paraná.  Aqui há 40 anos começou a verdadeira revolução agrícola brasileira, o plantio direto na palha permante. Aqui não se mexe no solo, aqui embaixo dessa palhada tem minhocas, é uma beleza. Área produtiva e protegida... inacreditável!! É isso que  vamos mostrar para vcs numa série de reportagens para o nosso quadro "agricultura sustentável", em comemoração ao programa n.o 100 do Tempo&Dinheiro"

(relato do repórter Frederico Olivi).

Deral faz leve redução da safra de soja do Paraná; vê alta para milho safrinha

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de soja 2020/21 do Paraná foi estimada em 20,38 milhões de toneladas nesta quinta-feira, um leve recuo ante as 20,47 milhões projetadas em novembro, disse o Departamento de Economia Rural (Deral), que trouxe também perspectivas positivas para o milho segunda safra.

Com a revisão, a colheita de soja deve registrar queda de 2% em relação ao volume obtido na temporada anterior, no segundo maior Estado produtor da oleaginosa do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso.

Em sua primeira projeção para a segunda safra de milho --a maior da temporada-- o Deral estimou produção de 13,43 milhões de toneladas, alta de 14% ante as 11,79 milhões de toneladas colhidas na "safrinha" de 2019/20.

O otimismo para a safrinha é fruto de uma alta de 2% na área de plantio, para 2,34 milhões de hectares, e possível elevação na produtividade de 5,12 para 5,73 toneladas por hectare.

A estimativa para a primeira safra de milho foi mantida em 3,39 milhões de toneladas.

Reino Unido cria cota para compra de açúcar de cana sem tarifa, diz Unica

SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira a criação de uma cota sem tarifa para importação de 260 mil toneladas de açúcar bruto de cana, disse a associação brasileira da indústria do setor Unica, ressaltando que a medida pode favorecer o Brasil enquanto fornecedor.

De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a cota amplia o acesso a um mercado que era suprido majoritariamente pelo produto da União Europeia, e foi precedida de uma consulta pública da qual o setor produtivo brasileiro participou.

"Em um momento em que todos os países buscam parceiros para garantir cadeias produtivas que tenham sustentabilidade, o Brasil é um fornecedor privilegiado", disse em nota o diretor executivo da associação, Eduardo Leão de Sousa.

A cota entra em vigor a partir de 1º de janeiro, com a duração de 12 meses. Até o momento, a tarifa aplicada ao açúcar importado pelo Reino Unido é a mesma da União Europeia, de 339 euros por tonelada.

Com o Brexit, que marcou a saída do Reino Unido da União Europeia, o país agora possui independência para aplicar as suas próprias tarifas e passará a cobrar 280 libras por tonelada de açúcar extracota, disse a Unica. 

No acumulado do ano até outubro, o Brasil exportou 186 mil toneladas do adoçante aos britânicos, volume que representa mais que o dobro do total embarcado em 2019, de 79 mil toneladas, conforme dados da Unica.

"Em 2020, nossos embarques para o Reino Unido foram ampliados devido a um conjunto de fatores favoráveis, como câmbio e safras menores em outros países produtores. No entanto, podemos observar que os volumes são menores do que a cota anunciada", afirmou Sousa.

"Vale ressaltar que o volume de 260 mil toneladas isento de tarifa será preenchido trimestralmente por qualquer país, respeitando a ordem de chegada", acrescentou.

Safra de café do Brasil cresce 27,9% em 2020 e tem novo recorde, diz Conab

SÃO PAULO (Reuters) - A safra de café do Brasil 2020 foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 63,08 milhões de sacas de 60 kg, o que representa um aumento de 27,9% ante a temporada passada, impulsionada pela bienalidade positiva do arábica, além de um aumento na área colhida, de acordo com relatório da Companhia Nacional de Abastecimento.

A nova previsão para o maior produtor e exportador global de café ficou acima da projeção de setembro da Conab de 61,6 milhões de sacas, superando também o recorde anterior de 2018, de acordo com os números da estatal.

"De maneira geral, as boas condições climáticas, observadas ao longo do ciclo, os efeitos fisiológicos relacionados à bienalidade positiva, o incremento na área em produção bem como a abundância e uniformidade nas floradas foram alguns dos fatores que influenciaram no aumento do volume...", disse a Conab.

O volume previsto pela Conab, contudo, ficou abaixo de estimativas do mercado, como acontece historicamente.

Nesta quinta-feira, a consultoria Safras & Mercado elevou a previsão de safra do Brasil para 69,5 milhões de sacas de 60 kg.

A Conab vê a safra de arábica de 2020 em recorde de 48,8 milhões de sacas, ante 47,3 milhões na previsão de setembro. Enquanto isso, a Safras projetou 50,1 milhões para a colheita do arábica.

Já a safra de robusta foi vista pela Conab em 14,3 milhões de sacas, ante 14,2 milhões na estimativa anterior. A consultoria apurou 19,4 milhões.

De acordo com a Conab, a safra de café arábica do Brasil fecha o ano com crescimento de 42,2% ante a temporada passada, enquanto a produção de robusta cai 4,7% versus 2019.

A área colhida de café do Brasil terminou o ano com aumento de 3,9%, para 1,88 milhão de hectares.

A Conab destacou que o maior produtor de café do Brasil segue sendo com folga Minas Gerais, com 34,65 milhões de sacas e crescimento de 41,1% no comparativo com 2019, graças principalmente ao arábica que responde por mais de 90% do café do Estado.

O Espírito Santo, em segundo lugar, produziu neste ano 13,96 milhões de sacas. Das lavouras capixabas, saíram 9,19 milhões de sacas de conilon (queda de 12,4% ante 2019) e 4,77 milhões de sacas de arábica (+58,7%).

São Paulo vem em seguida, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. A Bahia também obteve aumento expressivo, de 32,9%, alcançando 3,99 milhões de sacas. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas, crescimento de 11,2%.

EXPORTAÇÃO

Os grandes volumes produzidos estão encontrando mercado no exterior, apontou a Conab, lembrando que em novembro as exportações brasileiras de café foram recordes.

"O aumento foi de 32% sobre o mesmo mês de 2019, com o embarque de 4,3 milhões de sacas (60 kg), considerando-se a somatória de café verde, solúvel e torrado/moído", disse a estatal, em comunicado.

De julho a novembro, foram 19,8 milhões de sacas, o que representa aumento de 15% sobre 2019.

"Com o dólar valorizado, o café brasileiro se tornou ainda mais competitivo no mercado internacional e as vendas antecipadas ganharam ritmo", ressaltou.

Levantamentos da Conab indicam que, em novembro, cerca de 74% da produção da safra 2020/21 já se encontrava comercializada, enquanto que em igual período de 2019 e na média dos últimos cinco anos, essas porcentagens eram de, respectivamente, 71% e 69%.

 

 

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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