Exportações de carne bovina voltam a superar 100 mil toneladas no mês e China lidera com mais de 20 mil toneladas em maio

Publicado em 02/06/2016 12:49
Somente o bom desempenho das exportações não justifica sustentação dos preços internos da arroba do boi. Oferta curta de animais é a principal responsável pelas altas e mercado deve continuar sustentado no curto prazo

As exportações brasileiras de carne bovina in natura apresentaram um crescimento no mês de maio. Segundo dados divulgados na quinta-feira (2), pela SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) o Brasil exportou mais de 100 mil toneladas, com faturamento de US$ 398 milhões.

Como destaque, pela primeira vez na história, a China ocupou o topo no ranking de países que mais compraram o produto nacional. O país asiático importou somente em maio 20,28 mil toneladas.

"Embora significativa ela (exportações) não consegue reverter às consequências da queda no consumo interno", destaca o analista da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz.

Os preços da matéria prima estão firmes, mas não por consequência do bom desempenho das vendas externas somente. Segundo o analista, a baixa disponibilidade de animais terminados é o fator principal para o cenário altista do boi gordo.

No curto prazo não há perspectiva de incremento na oferta. Após a entressafra, os animais de confinamento começam a ganhar força nas escalas de abate, no entanto, neste ano a alta no milho deve limitar o volume de gado no primeiro giro do confinamento.

Além do milho, "a atividade de cria não foi estimulada ao longo dos últimos anos e promoveu uma alta nos preços do boi magro, também implicando os custos do confinado", completa Ferraz.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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