Desaceleração no ritmo de exportação da carne, queda do preço no atacado e aumento na oferta de animais podem pressionar @

Publicado em 19/05/2020 13:27 e atualizado em 19/05/2020 17:13
Exportações de carne bovina na segunda semana de maio caem pela metade, preços no atacado perdem patamar dos R$13,00 Kg e escalas de abate ampliam de 7 para 9 dias em média
Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto

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Entrevista com Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Analista de Mercado da Agrifatto, Yago Travagini Ferreira, destacou que as escalas de abate nos frigoríficos estão mais alongadas. “No estado de São Paulo, as programações estão ao redor de nove dias úteis e dependendo do município a arroba para o boi comum trabalha ao redor de R$ 195,00/@ a R$ 200,00/@. Já para o animal que atende o padrão exportação, estamos falando de um patamar de R$ 205,00/@”, relata.

Para os próximos meses, a expectativa é que as cotações fiquem sustentadas e devemos ter uma oferta mais reduzida com os relatórios de confinamento apontando redução das intenções. “Possivelmente, podemos ter um segundo semestre com melhores preços para a arroba devido à queda no confinamento”, aponta.

Os preços do boi gordo tiveram uma pressão de baixa na última sexta-feira, mas o mercado futuro segue com patamares de R$ 201,00/@ para o final de maio. “Está tendo uma pressão no atacado e o pecuarista está começando a sentir isso no mercado físico, porém ainda não se consolidou essa queda nos preços”, afirma.

Nas últimas semanas, o boi casado estava cotado a R$ 13,30/kg a R$ 13,50/kg no estado de São Paulo. “Só que agora o mercado está tentando precificar uma nova referência de R$ 12,90/kg a R$ 13,10/kg. Ainda é um movimento que está ganhando firmeza, mas deve ter um ajuste negativo nos preços já que tem produto no mercado e a comercialização está lenta”, comenta.

Com relação a exportações, o analista ressalta que o ritmo embarcado reduziu se comparado com a primeira semana de maio. “Nós exportamos mais de 53 mil toneladas, com uma média diária de 10,7 mil toneladas. Só que tivemos uma queda de quase 50% na segunda semana se comparado com que observamos nos cinco primeiros dias úteis”, explica Travagini.

Leia também: 

>> Com os estoques chineses abastecidos, exportações de carne bovina in natura reduzem o ritmo na segunda semana de maio

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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