INTL FCStone projeta oferta 10% maior de animais de confinamento ao longo de julho

Publicado em 03/07/2020 13:48 e atualizado em 04/07/2020 17:55
Aumento da oferta não pressionaria cotações mas poderia impor um teto para os preços
Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone

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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone, Caio Toledo Godoy, destacou que os valores da arroba para o estado de São Paulo seguem ao redor de R$ 215,00/@ a R$ 220,00/@. “Por outro lado, os estado do Mato Grosso do Sul e Goiás tiveram um recuo dos preços ofertados ao longo dessa semana”, comenta.

Um dos fatores que explicam o recuo nos preços no Mato Grosso é o alongamento das escalas de abate. “Os frigoríficos do Mato Grosso estão colocando a arroba um pouquinho mais para baixo e no Goiás o impacto nos preços se deve a suspensão temporária das exportações para a China”, afirma.

Do lado da oferta de animais, a consultoria esperava que o número de animais confinados tivesse um aumento de 10% em julho frente ao mês de junho. “Nós temos um maior volume de animais confinados. “A intenção de confinamentos em junho é mais fraco, mas já possível ver que vamos ter um crescimento”, alerta.

Com relação da demanda doméstica, o consultor aponta que o consumo está enfraquecido e a carne está precificada em R$ 13,50/kg. “Apesar da reabertura de alguns estabelecimentos em outros lugares em comércio fechando novamente. Eu acredito que um determinado momento o atacado deve seguir estável”, pontua.

As exportações no mês de junho finalizaram com um total de 152,4 mil toneladas embarcadas, na qual registrou uma queda de 1,74% se comparado com o mês de maio que exportou 155,1 mil toneladas.  Já na comparação anual, o volume exportado teve um ganho de 33%.

“Para entender esse pequeno recuo frente ano mês anterior é importante saber como foram às compras dos importadores e se algum país deixou de adquirir a matéria prima. Nós estamos com uma expectativa muito positiva sobre a China, mas é preciso entender como eles estão comprando proteína animal”, ressalta.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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