Boi: escalas nos frigoríficos estão confortáveis para a época do ano, mas não o suficiente para impor pressão nas cotações da @

Publicado em 20/07/2021 12:23 e atualizado em 20/07/2021 15:00
Índice de equivalência a carcaça, que mede rentabilidade dos frigoríficos, está favorável para quem exporta, mas muito apertado para as unidades que trabalham só com mercado interno
Fernando Henrique Iglesias - Analista da Safras & Mercado

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Entrevista com Fernando Henrique Iglesias - Analista da Safras & Mercado sobre o Mercado do Boi Gordo

 

As indústrias frigoríficas contam com programações de abate em patamares confortáveis para o período do ano. A média das escalas de abate apresenta uma média de 5 a 7 dias úteis, porém não é suficiente para impor pressão negativa sobre os preços da arroba do boi. 

De acordo com o analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos conseguiram exercer uma pressão sobre a arroba na semana passada. “As cotações estavam próximas de R$ 320,00/@ e as indústrias conseguiram ofertar valores de R$ 315,00/@, mas não conseguem ir abaixo desse patamar já que a oferta de animais segue restrita”, informou. 

Não tem espaço para quedas muito agressivas nos preços da arroba, pois a maioria das indústrias operam com 50% da capacidade de abate. “Os frigoríficos não vão conseguir exercer tamanha pressão sobre o mercado justamente pela oferta restrita de animais e que vai contribuir para a sustentação dos preços da arroba até o final do ano”, comentou. 

Com relação à demanda externa, o analista aponta que o volume exportação segue com um bom ritmo e podemos chegar a 160 mil toneladas embarcadas. “O Brasil está vendendo muita carne bovina neste ano e a China segue sendo a principal importadora do produto brasileiro”, afirmou. 

Já no mercado doméstico, o preço do boi casado está próximo de R$ 18,20/kg no estado de São Paulo. “O traseiro segue cotado ao redor de R$ 21,00/kge o dianteiro está em torno de R$ 17,10/kg e são valores muito acentuados para a carne bovina. O consumidor brasileiro está migrando para outras proteínas, como o frango e ovos”, destacou. 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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