Arroba bovina sem muitas mudanças nesta sexta-feira (2), com "queda de braço" entre pecuaristas e frigoríficos

Publicado em 02/12/2022 12:52 e atualizado em 02/12/2022 14:43
Segundo consultora, pecuaristas ainda conseguem segurar o animal no pasto por 15 a 30 dias, tentando negociações melhores, mas frigoríficos seguem reticentes em conceder aumentos
Laura Rezende - Consultora da Agrifatto

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Arroba bovina sem muitas mudanças nesta sexta-feira (2), com "queda de braço" entre pecuaristas e frigoríficos

Após os preços da arroba bovina terem registrado reajustes positivos nas últimas semanas, inclusive com o boi China voltando ao patamar de R$ 300,00 a arroba (algo que não se via desde outubro), pecuaristas agora tentam negociar com frigoríficos preços melhores a serem pagos pelos animais, numa espécie de "queda de braço". As informações são da consultora da Agrifatto, Laura Rezende. 

De acordo com ela, a bola agora está nas mãos dos pecuaristas, que conseguem segurar os animais no pasto por volta de 15, 30 dias enquanto tentam valores melhores. Entretanto, ela pontua que os frigoríficos ainda estão reticentes quanto à concessão destes ajustes. 

Esta elevação nos preços vista dias antes vem, segundo a especialista, principalmente da demanda interna, uma vez que as exportações desaceleraram em novembro no comparativo com outubro. "Não se tem detalhes ainda de quais volumes foram embarcados para cada país importador, mas é certo que a China colocou o pé no freio", explica.

Ainda assim, Laura detalha que o encerramento de novembro com o embarque, de forma geral, na casa das 148 mil toneladas é positivo, e que não se considera um "excedente de produção" a carne que não foi exportada e que permaneceu no Brasil. Desta forma, ela explica que não deve haver pressão baixista de preços por este motivo.

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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