Em Boa Esperança (MG), colheita do café da safra 2016/17 chega a 7%

Publicado em 09/05/2016 10:28
Café: Com clima favorável, grãos estão maiores nesta safra. Colheita foi antecipada em 30 dias na região. Cafeicultores estão atentos às previsões de chuvas e geadas para a localidade. Preços recuaram e estão próximos de R$ 450,00 a R$ 460,00 a saca do grão. Diante da quebra na safra registrada nos últimos dois anos, produtores carregam muitas dívidas.

Ao contrário das duas últimas safras, os cafeicultores iniciaram a colheita do café da temporada 2016/17 mais animados em Boa Esperança (MG). O cenário é decorrente do clima favorável que contribuiu para o desenvolvimento da produção e antecipou a colheita em torno de 30 dias na região. Até o momento, pouco mais de 7% da safra foi colhida.

O presidente do Sindicato Rural do município, Manoel Joaquim da Costa, ressalta que os frutos maduraram no momento certo. “E em outros anos, tínhamos peneira 14 e 15 devido à estiagem, os grãos ficaram pequenos. Agora, temos peneira 17, o que é melhor por conta do rendimento que a lavoura apresenta. A qualidade está melhor e com o rendimento mais alto gastamos menos grãos para fazer uma saca”, explica.

Apesar do início dos trabalhos nos campos mais otimista, os produtores seguem de olho nas informações do clima. Isso porque, por enquanto, há indicativos de chuvas durante o mês de maio, o que poderia atrapalhar a colheita do café. Além disso, os rumores de uma possível geada também permanecem no radar dos cafeicultores.

“Temos entre 4 a 5 meses para realizarmos a colheita e caso as chuvas se confirmem, poderemos ter um dano irreversível para o café. A bebida pode ser prejudicada, já que o grão fermenta. Até o momento, as chuvas estão esparsas, mas precisamos aguardar. E caso tenhamos a geada, as folhas das árvores poderão ser queimadas e o produtor terá que fazer o esqueletamento ou a poda drástica”, pondera Costa.

Preços

Em relação aos preços, o presidente sinaliza que a saca do café é cotada entre R$ 450,00 e R$ 460,00. Ainda na visão da liderança, o valor está abaixo do necessário para cobrir os custos de produção, que estão mais altos nesta safra e, deixar uma margem aos cafeicultores.

“E há boatos de que teremos uma super safra, então os cafeicultores devem estar atentos à comercialização do grão. Temos um passivo grande das safras anteriores em função da quebra nas safras, o produtor está endividado”, diz o presidente do sindicato.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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