Primeiras sacas: Produtor de café testa fermentação controlada com novo inoculante da UFLA e expectativa é positiva

Publicado em 22/06/2020 15:33 e atualizado em 22/06/2020 16:15
Entre os destaques, Minoro cita o diferencial de conseguir fazer uma rastreabilidade maior com os cafés selecionados, aumentando assim as chances de repetir a qualidade na próxima safra
Ricardo Minoro Aparecido Obo - Engenheiro Agrônomo na Fazenda Quilombo

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Entrevista com Ricardo Minoro Aparecido Obo - Engenheiro Agrônomo na Fazenda Quilombo sobre a Fermentação no Café

 

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Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) promete provocar uma mudança significativa na produção de cafés especiais do Brasil. Ricardo Minoro Aparecido Obo - Engenheiro Agrônomo na Fazenda Quilombo, é um dos produtores que faz parte do projeto da UFLA com a Sygenta e no último final de semana fez a fermentação do primeiro lote de café. 

"A primeira impressão de quando a gente abriu os tambores foi um cheiro de algum tipo de conserva, uma cor amarronzada, achei positivo. Experimentamos alguns grãos e acredito que a qualidade vai ser uniforme e superior", afirma.  Outro ponto que chama atenção do produtor e engenheiro agrônomo, a forma como a fermentação é feita chama atenção porque pode dar chance de uma maior rastreabilidade, aumentando assim as chances de repetir a qualidade na próxima safra. 

>>> Fermentação controlada: UFLA encontra novo inoculante, que agrega valor à bebida e mira e novo mercado de cafés especiais

A primeira fase da pesquisa tem como protocolo ter um mínima de 20 sacas beneficiadas por cada produtor que participa do projeto. Na fazenda de Ricardo, neste momento, a fermentação foi feita em 50 tambores de 200 litros cada. O grão agora está em processo de secagem. Em seguida, o café deve ser encaminhado ao armanezem para avaliação de pontuação. 

Segundo a pesquisadora Roseane Schaw, nesta fase da pesquisa a expectativa é que seja feita em 2020 uma grande expansão das leveduras pelas fazendas do Brasil e que com o resultados deste ano sejam feitas novas análises mais sofisticadas, que tem como objetivo desenhar os perfis aromáticos de cada café, de cada uma das fazendas.

 

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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