Dias de tensão: Com aversão ao risco, chuvas no Brasil e "pacote econômico", arábica recua mais de 2mil pontos em uma semana em Nova York

Publicado em 18/10/2022 15:51 e atualizado em 18/10/2022 17:43
Volatilidade vai continuar acentuada de olho no clima e consumo. Já o produtor está cada vez mais cauteloso
Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX

Podcast

Dias de tensão: Com aversão ao risco, chuvas no Brasil e "pacote econômico", arábica recua quase 10% em uma semana em Nova York

 

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (18) com mais baixas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Dezembro/22 teve queda de 45 pontos, valendo 195,10 cents/lbp, março/23 teve queda de 105 pontos, cotado por 190,30 cents/lbp, maio/23 registrou queda de 135 pontos, negociado por 187,65 cents/lbp e julho/23 teve baixa de 130 pontos, cotado por 186 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também recuou nesta terça-feira. Janeiro/23 teve queda de US$ 11 por tonelada, negociado por US$ 2034, março/23 registrou queda de US$ 11 por tonelada, negociado por US$ 2011, maio/23 teve queda de US$ 10 por tonelada, negociado por US$ 2000 e julho/23 tinha baixa de US$ 10 por tonelada, cotado por US$ 1996. 

De acordo com o analista de mercado, Fernando Maximiliano, o mercado do café continua sendo pressionado pelas chuvas no Brasil, ainda pelas exportações e também pelos dados de inflação dos Estados Unidos que levantam dúvidas em relação ao consumo da bebida. A tendência é que o mercado continue apresentando bastante volatilidade e que o produtor siga operando com muita cautela, mantendo o mercado travado de certa forma. 

As baixas, no entanto são limitadas pelo volume da Green Coffee Association (GCA), que teve baixa de 71.608 sacas de 60 quilos no final de setembro, para 6,37 milhões de sacas. Foi a primeira queda desde março para os dados que incluem tanto o café nos armazéns da bolsa ICE quanto os volumes mantidos por outros participantes do mercado nos portos dos EUA.

No Brasil, o físico acompanhou e também teve um dia de desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,45% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.115,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,64%, cotado por R$ 1.200,00, Machado/MG teve baixa de 0,89%, cotado por R$ 1.100,00 e Varginha/MG teve queda de 0,87%, cotado por R$ 1.140,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,42% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.189,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,53%, valendo R$ 1.290,00 e Varginha/MG teve baixa de 0,83%, cotado por R$ 1.200,00. 

*Com informações da Reuters

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Apoio do Governo de MT a produtores favorece crescimento da produção de café no Estado, aponta Conab
Mercado otimista associado a preocupação global: Arábica e robusta avançam quase 6%
Espírito Santo exporta 636 mil sacas de café em abril
Conab surpreende, em meio a desafios climáticos enfrentados por produtores de café no Brasil
Com Vietnã e Brasil no radar, café retoma negócios avançando mais de 4% em Nova York