DA REDAÇÃO: Meteorologia prevê chuvas fortes no Sul e fracas no Centro-oeste

Publicado em 27/01/2012 13:12 e atualizado em 27/01/2012 15:30
La Ñina: Fenômeno começa a perder força a partir de fevereiro e padrões de chuvas devem mudar nos próximos meses. Colheita será beneficiada no centro-sul do Brasil com expectativa de diminuição das precipitações e lavouras de soja do Sul podem recuperar parte das perdas diante da previsão de retorno das chuvas.
O meteorologista da Somar, Paulo Etchichury, antecipa que, no início de fevereiro, o Brasil terá uma combinação climática perfeita para as lavouras de soja: chuvas fortes na região Sul do país, que sofre atualmente com a estiagem, e redução das precipitações no Centro-oeste, que está no período de colheita.

Com o fenômeno La Niña, a incidência de chuvas sofre influência da temperatura do Oceano Pacífico, que se torna mais frio. Agora, o La Niña mostra intensidade de fraca a moderada e já dá sinais de enfraquecimento. De acordo com os principais institutos de meteorologia, entre abril e maio o fenômeno entra num período de transição, em que perderá o seu efeito. Além disso, o Oceano Atlântico na costa do Brasil está mais frio e chuvas deverão ser menos intensas no mês de março.

Assim, embora os problemas climáticos tenham diminuído o potencial de produção da soja e impedido o milho de se recuperar, a redução das chuvas e a antecipação do plantio favorecerão a época da colheita neste ano.

Chuvas na Argentina - Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, uma chuva que caiu sobre a Argentina teria resolvido o problema das lavouras de soja do país. Como o solo argentino tem grande capacidade de armazenamento de água, as chuvas consideradas não tão fortes – de 10 a 20 mm – pegaram as plantas em fase vegetativa, entrando na floração. “Choveu no momento certo”, define Etchichury.

Essa precipitação ocorreu justamente no pampa úmido, principal região produtora argentina. Etchichury explica que, enquanto no Brasil o solo absorve de 80 a 120mm, na Argentina, que tem um dos melhores solos do mundo, a retenção pode chegar a até 400mm.

Por: João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte: Notícias Agrícolas

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