DA REDAÇÃO: Seca reduz em 50% o potencial produtivo da soja no RS

Publicado em 07/02/2012 13:06 e atualizado em 07/02/2012 16:30
Soja: Lavouras do RS já apresentam perdas consolidadas de até 50% do potencial produtivo. Preparação do solo, modificação da condição genética da semente e armazenagem de água devem garantir maior capacidade de adaptação das plantas diante dos ciclos de chuva.
Potencial produtivo das lavouras atingidas pela estiagem no Rio Grande do Sul não têm mais recuperação. De acordo com o Gestor Técnico da Cooplantio, Dirceu Gassen, 50% da produção nessa região já está perdida e essa quebra pode ser ainda maior caso não haja novas precipitações por lá. “Essas chuvas não estão previstas para os próximos dias”, afirma.

Embora tenha havido chuvas no Sul do Brasil neste fim de semana, o núcleo da soja não as recebeu de forma significativa. Algumas localidades não tiveram precipitação alguma. Diante disso, as perdas devem ser fortes, maiores do que os dados oficiais mostram.

Solução – Gassen sugere que a agricultura brasileira aprenda que “não se concerta telhado em dia de chuva”. Como as secas são cíclicas, elas ocorrem sempre nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março.

O ideal seria investir em prevenção. Durante o ano, no Rio Grande do Sul, a lâmina d’água de chuva chega a 1.80m. Para produzir a oleaginosa com tranqüilidade, são necessários somente 50 cm de lâmina. A solução estaria, portanto, em planejar o uso dessa água, de modo a não faltar em nenhuma época do ano.

Genética – Outro aliado importante contra os fatores climáticos prejudiciais à soja é a genética. Com ela, a oleaginosa pode ser modificada para atender às mudanças climáticas. O trabalho feito até aqui nesse sentido, já colaborou de modo expressivo para o aumento da produção. Enquanto no período de 2000 a 2006 eram produzidos 5,8 milhões de toneladas no estado Rio-Grandense, entre 2006 e 2011 foram produzidos 9,2 milhões.

O último ano teve o melhor desempenho, com 12 milhões. No entanto, em 2012, não existem condições de o país repetir esse volume – deve ficar em apenas sete milhões.

Por: João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte: Notícias Agrícolas

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